Todas as cidades importantes do mundo, principalmente as europeias, acabam tendo suas histórias entrelaçadas com as de grandes personagens e Milão não é diferente.
A cidade ao longo dos séculos hospedou artista, escritores, compositores e até cientistas forasteiros. Alguns deles viveram em Milão por anos, deixando aqui um grande legado, outros passaram rapidamente em procura de fortuna ou repouso,mas a cidade lembra cada um deles de alguma maneira e esse post lembra 5 personagens famosos que passaram por Milão.
LEONARDO DA VINCI
O gênio toscano é o mais antigo dos hospedes milaneses nessa lista.
Leonardo chegou em Milão em 1482, aos 30 anos, mandado à corte de Ludovico Sforza por Lorenzo Medici. Milão era uma cidade importante, uma das poucas da Europa na época a superar os 100 mil habitantes.
Atraído também pela abertura da cidade e seu duque às novidades científicas e tecnológicas, o artista toscano chega com a intenção de se estabelecer na cidade por alguns anos.
Nos 18 anos que ficou em Milão (ele deixa a cidade em 1500), Leonardo desenvolveu estudos de mecânica, projeta sistemas de irrigação para o ducado, pintou retratos, construiu cenografias para as festas de corte e executou sempre para Ludovico Sforza, uma das obras de arte mais famosas da humanidade: a Última Ceia.
Deixou a cidade em 1500, quando o duque Ludovico Sforza deixou a cidade depois da invasão francesa.
STENDHAL
Outro escritor hóspede de Milão, o francês Marie-Henry Beyle, mais conhecido como Stendhal, viveu intensamente em Milão por cerca de 7 anos nas primeiras décadas do século 19, entre as dominações napoleônicas e austríacas.
O período de grande intensidade política na cidade se misturava à vida mundana do autor de ‘O vermelho e o preto’, que frequentava o Teatro Scala, os grandes palácios da cidade e as alcovas de respeitadas senhoras.
Grande amante da Itália, foi Milão a cidade que ele escolheu como sua, como indica a própria lápide no Cemitério de Montmartre, onde está escrito (em italiano): Arrigo Beyle, milanese, scrisse, amo, visse.
MOZART
Considerada o berço da lírica, a Itália era uma meta crucial para a formação musical de um compositor emergente no século 18.
Compositor prodígio, Wolfgang Amadeus Mozart veio para Milão pela primeira vez aos 13 anos (em 1769) para uma série de apresentações na cidade, que na época fazia parte do Império Austríaco, acompanhado do pai-empresário.
O jovem Mozart se apresentou para alguns nobres, assistiu óperas no teatro da cidade (ainda não existia o Teatro Scala) e assumiu o compromisso de compor algumas obras para o conte Firmian.
Dois anos mais tarde, em 1771, Mozart volta a Milão para compor a serenata para o casamento de um dos filhos da imperatriz Maria Teresa d’Áustria e passa mais 3 meses na cidade, compondo outras obras.
A última estadia de Mozart na cidade foi entre outubro de 1772 e março de 1773, quando o famoso compositor além de se apresentar nos palácios de alguns nobres, estreou sua obra de inspiração sacra Exsultate, Jubilate tocando o órgão da igreja de Santo Antônio Abate, que ainda hoje é motivo de admiração para quem visita a igreja.
EINSTEIN
Quando a família Einstein se transferiu para Milão em 1894, o jovem Albert, de 14 anos, ficou em Mônaco para terminar o colegial.
Nos 5 anos sucessivos, a família morou de maneira mais ou menos estável em uma casa em Via Bigli (uma travessa de Via Manzoni) enquanto o pai do famoso físico tentava a sorte na cidade abrindo uma oficina de máquinas elétricas.
Em Milão, Einstein passou breves períodos, provavelmente voltava no verão para visitar a família e não se tem registros de uma vida regular por aqui.
De qualquer maneira, Einstein sênior morreu na cidade em 1902 e está enterrado no Cemitério Monumental de Milão.
HEMINGWAY
O escritor americano Ernest Hemingway se alistou na Cruz Vermelha Americana em 1918, durante a Primeira Guerra mundial como motorista de ambulância e em maio daquele ano, embarcou para a Itália.
A estadia milanesa do autor dos livros ‘Por quem os sinos tocam’ e ‘O velho e o mar’ foi bem monótona, já que o jovem Ernest foi paciente convalescente no hospital da Cruz Vermelha Americana em Milão, em Via Armorari, ao lado do Duomo.
Ferido em uma das pernas por estilhaços de balas e com o risco de uma amputação, o escritor na época com 19 anos, passou 3 meses em Milão, onde conheceu e se apaixonou pela enfermeira americana Agnes Kurowsky 7 anos mais velha que ele.
Agnes e o período italiano e milanês, inspiraram o autor para o livro autobiográfico ‘Adeus às armas’ (1929), que conta a história de um tenente americano em serviço na Itália e de seu amor pela enfermeira inglesa, Catherine Barkley.
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