Bellagio e Varenna: as pérolas do Lago de Como

Apareceu na novela, em alguma revista ou caderno de turismo? Porque os brasileiros, esse ano, parecem ter descoberto Bellagio, a linda cidadezinha que fica na ponta da privilegiada ponta da ramificação do lago de Como, que tem a forma de um Y de cabeça para baixo.

Esse mês de junho e julho foi um dos passeios aos arredores de Milão  mais procurados pelos clientes… e em setembro a procura continua.

Você pode incluí-las em um estadia mais longa em Como ou em um bate e volta ao lago a partir de Milão.

passeios lago como bellagio

Mas o lindo lago lombardo tem também uma outra pitoresca cidadezinha, na parte das margens de Lecco, que rivaliza com Bellagio o título de Pérola do Lago de Como: é Varenna.

As duas cidades, que ficam bem em frente uma da outra, são ligadas pelos barcos que fazem o transporte de passageiros no lago e se você tiver um dia livre pela frente, pode visitar as duas, já que se são vilarejos pequenos.

BELLAGIO

Uma das cidades mais famosas do Lago de Como, era um renomado local de férias, hoje conta com pouco mais de 3.000 habitantes e fica a 1 hora da cidade de Como com o barco rápido.

Ainda que conheça gente que tenha pernoitado na localidade, acho que ela vale mais para uma passada, um pouco mais demorada se incluir um almoço ou um café no final da tarde.

Visitar Bellagio Lago Como

O barco que parte de Como atraca no ínicio da beira lago, que reune restaurantes e hotéis e que partir da primavera ficam lotados. É a beira d lago que ficam as duas renomadas vilas da cidade: Villa Serbelloni, que hoje é o único hotel 5 estrelas de Bellagio (o parque é visitável para grupos organizados e com reserva) e a Villa Melzi d’Eril, propriedade privada e ainda hoje, residência. O seu parque fica aberto a visitações do final de março até início de novembro.

Mas a verdadeira atração fica por contas das ruazinhas que levam a parte de cima do vilarejo, onde turistas entram e saem das pequenas lojas de souveniers e de boutiques.

Visita lago Como e Bellagio

Não resta que fazer a mesma coisa, talvez se dedicando a entrar rapidamente nas duas igrejas que ficam na colina: San Giorgio e a basílica de San Giacomo, um pouco escura mas bem bonitinha.

Para quem vai em um bate a volta a partir de Como, a visita dura entre 2 ou 3 horas, tempo suficiente para apreciar o dolce far niente regado pelo sol de primavera ou verão.

Quem prefere fazer as coisas com mais calma, pode escolher de pernoitar ao menos uma noite na cidade.

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VARENNA

Fica na frente de bellagio, mas na parte da ramificação do lago que pertence a Província de Lecco. Era um antigo vilarejo de pescadores e que hoje conta com menos de menos de 1.000 habitantes.

Vale para um bate e volta a partir de Como  e, por que não, combinada com uma passagem por Bellagio, a qual é ligada por uma breve distância de barco.

Varenna Visitar Lago de Como

É mais plana que a sua rival, tem uma beira lago menos poluída pelos pontos de barco e, quer saber? É a minha preferida entre as duas, até porque me parece menos turística.

Confesso que já faz alguns anos que não retorno (todos pedem Bellagio), mas me lembro de suas ruazinhas, de um sorvete maravilhoso que tomei (ok, aqui não é difícil) e das “prainhas” da cidade.

A maior atração da cidade é a linda Villa Monastero, que fica ao longo do lago, é propriedade da Provincia de Lecco e hospeda uma casa museu e um lindo jardim botânico.

passeios lago como varenna

Mais uma das belezas da Lombardia para você incluir no seu roteiro.

A viagem entre Como e Bellagio dura 1 hora com barco rápido (14,90 por trajeto) e 1 hora e 50min com o barco lento (8,90 por trajeto). Clique no site da empresa de navegação para saber os horários, que mudam segundo a estação do ano.

Site empresa de navegação Lago de Como (em inglês)

Site Turismo Bellagio

Site Turismo Varenna

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Foto da vista de Varenna: Wikicommons – autor: Aconcagua

Milão em 1 dia: dicas do que fazer

Bate e volta de Milão para o Lago de Como

A região da Lombardia não é banhada pelo mar, mas foi agraciada com 3 dos maiores e mais famosos lagos italianos: o Lago de Garda (o maior do país), o Lago Maggiore e o Lago de Como, que a diferença dos outros dois, fica inteiramente na Lombardia.
Com a chegada da primavera e verão e seus dias quentes e longos, nada melhor do que um bate e volta a partir de Milão para o Lago de Como para curtir a ‘praia dos milaneses’.

Bate e volta de Milão para Veneza

Cidade única no mundo, duas Venezas não existem. Podem compará-la com Amsterdam, podem reproduzi-la em Las Vegas, mas a original é aqui, a nossa.

Consciente disso, eu já me justifico, dizendo que não me rasgo pela cidade. Continuo achando que apesar de ter estado lá umas 5 vezes nesses 13 anos de Itália, eu nunca a explorei com calma, conhecendo sua história (com uma visita guiada, por exemplo). Ou seja, já resolvi que vou dar uma segunda, ou melhor, sexta chance para a Sereníssima.

Mas ao contrário de mim, muita gente ama Veneza, a tem como sonho de consumo de viagem e faz de tudo para dar um pulinho lá, nem que seja em um bate e volta desde Milão ou passando por ela antes de seguir viagem pela Itália.

Veneza fica a 250 km de Milão e você pode chegar lá de carro em 2hs 40min/3hs ou de trem em mais ou menos 2hs 30 min. Para quem vai de carro, existe o “problema” de estacionamentos caríssimos (média 21 euros/dia), ou seja, melhor de trem.

Estação St. Lucia ao fundo e as indicações para os pontos turísticos

Estação St. Lucia ao fundo e as indicações para os pontos turísticos

Quem opta pelo trem, chega na estação Santa Lucia. Saindo, depois de se deparar com o Canal Grande,  é só escolher o itinerário a seguir. Se o tempo é curto e seu objetivo é a Praça San Marco, saindo da estação você encontra duas opções de itinerário sinalizados com plaquinhas. Não tem como errar. A famosa Ponte de Rialto também é sinalizada e você com certeza não vai perde-la.

Mas até você chegar ao seu destino, aproveite para se deliciar pelas ruelas dessa cidade com uma história secular de poder e comércio, subindo e descendo pontes que atravessam pequenos canais e imaginando Casanova que corria entre elas fugindo de maridos traídos e raivosos.

Para quem chega na Praça San Marco, difícil ficar indiferente as dimensões e imponência dos palácios. Além da famosa basílica de arquitetura com influência bizantina e que começou a ser construída em 1063, a praça símbolo da República de Veneza é emoldurada pelo lindo Palácio Ducal e por uma série de outras construções onde funcionavam bibliotecas, procuradorias e que concentravam a vida política, religiosa e civil da cidade.

Controle a fila de entrada da basílica e decida se entrar ou não. Nos meses de alta estação ela é enorme, já no outono inverno é inexistente. A entrada é gratuita e vale a pena nem que seja para apreciar a maravilhosa decoração interna em mosaicos dourados. Impossível não prestar também atenção ao pavimento que está afundando em certas partes.

Praça São Marco fotografada do navio e o Palácio Ducal

Praça São Marco fotografada do navio e o Palácio Ducal

É também na praça que fica o mais famoso e mais antigo café italiano: o Florian. Frequentado por Casanova e fundado em 1720, pode ser uma ideia se você não tem problemas de orçamento (café a 6,50 euros) e quer viver Veneza a 100%. Sente-se e esqueça-se do tempo olhando a mais famosa sala de estar do mundo.

Para quem prefere uma opção mais econômica mas com um ótimo custo benefício, deixo a dica do último restaurante onde almocei na cidade, a Osteria Barababao, comida boa e preço mais que honesto para a cidade.

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Entre uma batida de perna e outra, tem quem também não quer renunciar a um passeio em gôndola. Eu nunca tive esse sonho, mas acabei fazendo como convidada de uma amigas em novembro. Meia-hora de tour custa por volta de 80 euros e a vantagem é que te leva a canais minúsculos entre as casas, que seriam impossível de conhecer.

Ver Veneza dos canais é uma experiência realmente diferente, mas se seu orçamento é limitado, opte pelo vaporetto na hora de voltar por exemplo da Praça San Marco a estação Santa Lucia. Você faz todo o Canal Grande e o visual é o mesmo.

O famoso e caro passeio de gôndola

O famoso e caro passeio de gôndola

A melhor maneira de conhecer Veneza (e outras cidades) é a pé, mas quem tem pouco tempo ou menos disposição,  uma boa opção pode ser o bilhete de vaporetto por hora. Um exemplo: 12 horas com viagens ilimitadas custa 18 euros. Um bilhete unitário custa 7,00 euros.

Pode ser a melhor maneira para atravessar os canais e conhecer igrejas como Santa Maria della Salute, uma das maiores expressões do barroco veneziano e que foi construída como pagamento de uma promessa a Nossa Senhora feita por parte dos venezianos para a liberação da cidade da peste que dizimou a população entre 1630 e 1631.

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O Museu Peggy Gugenheim

A igreja barroca de Santa Maria dela Salute

A igreja barroca de Santa Maria dela Salute

Para quem tem mais tempo ou interesses artísticos e culturais, Veneza oferece museus e palácios para visitação como a Coleção Peggy Guggenheim, o Palácio Ducal com o belo “Apartamento del Doge” e onde você atravessa a famosa Ponte dos Suspiros, que leva às prisões, e  a Gallerie dell’Academia que hospeda obras de grandes pintores venezianos como Tiziano e Tintoretto.

Quem pretende fazer mais que um bate e volta e explorar a cidade com calma em 2 ou 3 dias, existem as opções de hotéis na Laguna

Uma opção mais barata, que eu já usei (fiquei no hotel Villa Costanza, a 250 mts da estação de trem), é ficar em Mestre que tem uma ligação rápida com a laguna de ônibus ou trem.

A Ponte de Rialto fotografada a noite do vaporetto

A Ponte de Rialto fotografada a noite do vaporetto

Informações:

Compre os bilhetes de trem para Veneza diretamente do Brasil, clicando aqui

Horários da Basílica de San Marco, clique aqui

Café Florian, clique aqui

Horários e tarifas da visita Palazzo Ducale, clique aqui

Coleção Peggy Gugenheim, clique aqui

Osteria Barababao
Cannareggio, 5835-5838

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Fotos: Milão nas mãos

Estações de esqui perto de Milão

Milão, além de ser uma cidade que vale a pena por aquilo que oferece, atrai também pelo o que oferece os seus arredores: cidades de arte como Bergamo e Turim, lagos, mar e montanha, acessíveis com um simples bate e volta.

No inverno, para os amantes do esqui ou para quem quer simplesmente tocar pela primeira vez a neve, os arredores de Milão oferecem diversas estações de esqui com pistas de todos os tipos.

esqui arredores Milão

Confesso que eu não sou a esquiadora da casa. Coloquei meu primeiro par de esquis aos 35 anos e até que não me dei mal, mas para mim é muito trabalho (e roupa) para pouca diversão. E tira sapato de neve e coloca o sapato de esqui, e sobe com o teleférico (mooorro de medo) e desce e começa tudo de novo.

Mas maridão esquia desde criança e as mascotes de casa começaram aos 4 anos e a-do-ram. Com isso, vamos todos os anos, geralmente no esquema bate e volta e com uma média de 1 hora e meia de viagem. Aqui ficam as minhas dicas de onde esquiar nos arredores de Milão.

A estação mais perto de Milão e que praticamente usamos todos os anos e que indico é Barzio-Piani di Bobbio, uma pequena estação que fica a 1 hora de Milão. Obs: leia nos comentários a experiência da leitora Ana Carla, que usou o trem a partir de Milão para chegar à estação.

Durante a temporada, que geralmente começa no feriado de 8 de dezembro e vai até a Páscoa, existe um ônibus que funciona nos finais de semana e leva de Milão a Piani di Bobbio. Clique aqui para saber informações.

Para quem quer ir de trem, a opção é fazer Milão-Lecco e de lá pegar o ônibus para Barzio (que sai de frente da estação). O problema é ir de Barzio a estação de esqui (como relatado por mais de 1 leitor), já que o translado só funciona de final de semana. Durante a semana é encarar uma subidona a pé de cerca 30 min.

De Barzio parte uma cabinovia que leva até as pistas que ficam a 1.700metros e da base das pistas, para subir, a estação dispõe de 4 teleféricos e 3 skilifts para 30 km de pista: 2 são para esquiadores mais experientes e outras para principiantes. É presente também pista circular para o esqui de fundo.

Também presente vários refúgios alpinos onde depois do esforço, saborear um prato de polenta ou alugar uma cadeira para tomar sol e também todos os equipamentos.

Esta estação é perfeita para quem procura um equilíbrio entre comodidade e qualidade/quantidade de pista e tem também a vantagem que essas ficam expostas ao sol o dia todo (fator importante em dias de muito frio).

As estações, grandes ou pequenas,  são sempre bem cheias nos finais de semana. Nós, sempre que podemos, vamos durante a semana: pistas vazias e custo reduzido.  

Em direção de Bérgamo, a menos de 2 horas de Milão, o meu conselho é o Monte Pora. Essa também é uma estação pequena, com uma boa exposição ao sol e ideal para uma excursão não muito puxada.

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Também a cerca de 2 horas de Milão ficam as localidades maiores como Madesimo (Val Chiavenna ) e Pila (Val d’Aosta) e a possibilidade de esquiar na Suiça (Splugen, Andermatt).

As estações maiores e mais renomadas ficam um pouco mais longe e a mais renomada na Lombardia é Bormio, porque é uma das etapas fixas do calendário da Copa do Mundo de Esqui Alpino: a 3 horas e meia de Milão, dispõe de 80 km de pistas que chegam a 3.000 mt de altura. Outras localidades famosas a cerca de 3 hores de viagem são Cervinia, Courmayeur, Sestriere.

As estações de esqui na Itália, geralmente abrem as pistas no final de semana do feriado de 8 de dezembro e as fecham depois das férias de Páscoa (quando essa não é muito tarde). Para quem não quer renunciar ao esqui durante o verão, na Lombardia o geleiro Presena no Passo del Tonale se esquia até junho, e no Passo dello Stelvio se esquia de junho a setembro.

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O custo dos passes diários ficam em torno de 20 a 35 euros, dependendo da estação e do dia. As reduções são consistentes para crianças. O aluguel de equipamento (não roupas) nas pista custa entre 20-30 euros.

Aqui os sites das estações italianas citadas no post:

http://www.pianidibobbio.com/it/home

http://www.presolanamontepora.it

www.skiareavalchiavenna.it

http://www.pila.it

http://www.bormioski.eu

Editado em 18/08/2018