Cemitério Monumental de Milão
Quando alguém planeja uma viagem para Milão coloca no roteiro algumas coisas que não pode deixar de ver: o Duomo, Galeria, Teatro Scala, Quadrilátero da Moda, Castelo e algum tempo dedicado as compras. Poucos pensam em visitar o cemitério mais famoso da cidade e um dos mais belos do mundo: o Cimitero Monumentale.
Construído em 2 anos e inaugurado em 1866, logo depois da união da Itália, era enorme mas se mostrou logo insuficiente, já que era o primeiro e único cemitério da cidade.
Construído para todos os milaneses, a obra projetada em estilo eclético (porque mistura vários estilos) foi pensada pelo arquiteto Maciachini com um grande monumento frontal, reservado aos personagens mais ilustres da história italiana que morreram em Milão.
Difícil ficar indiferente ao Famedio, entrada principal do cemitério e que foi pensado para ser uma igreja, mas que desde 1870 é destinado a sepultura do escritor Alessandro Manzoni, o filósofo Carlo Cattaneo, o arquiteto Luca Beltrami e poucos outros. Em estilo neo-medieval e coberto por uma abóboda azul, seu nome vem do latim famae aedes ou Templo da Fama.
No grande cemitério milanês estão sepultados personagens como: Giuseppe Meazza (jogador do Inter que dá nome ao estádio de San Siro), Giorgio Gaber (cantor italiano), Francesco Hayez (pintor), os fundadores do Milan e do Inter di Milano, Salvatore Quasimodo (escritor prêmio Nobel), Arturo Toscanini (maestro), Medardo Rosso (escultor) .
Considerado o maior museu de esculturas da Itália, passeando pelas suas ruas (é fácil se perder) se encontram também os monumentos fúnebres de importantes famílias de industriais, como Campari, Falck, Motta, Pirelli e trabalhos realizados por escultores como Butti, Lucio Fontana, Medardo Rosso, Adolfo Wildt e Arnaldo Pomodoro.
Atrás do Famedio, um monumento projetado pelo estúdio de arquitetura milanês BBPR, lembra as 800 vítimas milanesas mortas nos campos de concentração, como um dos B do nome do estúdio, o arquiteto Gian Luigi Banfi, morto em Mauthausen em 1945.
As laterais do cemitério são destinadas, uma aos israelitas e outras aos acatólicos. No fundo do cemitério fica o crematório, primeiro construído na Europa, mas infelizmente hoje abandonado.
Antigamente cemitério de todos os milaneses, hoje são três os critérios para se ter uma sepultura ali: ser famoso, rico ou residente nas imediações.
Se você estiver por aqui com tempo e gosta desse gênero de passeios, não pode perder. Até o final desse ano (2015) a linha M5 do metrô (lilás) deve abrir a estação Monumentale (hoje a estação mais perto é Garibaldi).
Cimitero Monumentale Piazzale Cimitero Monumentale De terça a domingo das 8h às 18h Fechado às segundas (que não sejam feriado)
Adorei a dica! O cemitério é mesmo enorme!
Gostei do post e adorei saber desta possibilidade.
Algumas pessoas ficam espantadas, mas eu gosto de conhecer cemitérios com obras de arte. E este eu vou conhecer.
Bjux!
Olá Maria Gloria,
Você não vai se arrepender. Bom passeio!!
Não conheci nenhum cemitério quando fui para Milão, mas acho esses passeios super interessantes para mergulhar mais ainda na cultura local.
Grande abraço