Cidade Luz, Cidade Eterna, Cidade Maravilhosa…conheço as três, mas há 10 dias conheci Civita di Bagnoregio, uma cidade com um ‘título’ ao mesmo tempo poético e profético: Cidade que morre.
Civita di Bagnoregio foi fundada pelos etruscos há cerca de 2.500 anos em um terreno propenso a erosões e avalanches, problemas já conhecidos pelo antigo povo.
Inserida na lista dos burgos mais bonitos da Itália, o vilarejo tem hoje o aspecto arquitetônico medieval-renascentista e perde em média 7cm por ano (na foto em preto e branco, o burgo em 1874). Por causa dos problemas de erosão em 1965 uma ponte só para pedestres foi construída ligando o pequeno burgo ao município principal Bagnoregio (Província de Viterbo).
Ao longo de todos esses anos enfrentando esses problemas naturais, o vilarejo foi esvaziando e hoje conta com cerca de 10 habitantes fixos.
E foi assim que cheguei na cidade que morre, esperando ver pouco dos seus poucos habitantes e encontrei uma cidade viva, cheia de gente (e não eram só turistas) passeando e sentadas às mesinhas dos vários bares e restaurantes do pequeno vilarejo. Sim, porque apesar de todos esses números assim por dizer, negativos, Civita di Bagnoregio é visitada o ano todo por cerca de 300 mil pessoas.
Nós acabamos, sem querer, escolhendo a melhor hora para visita-la, porque chegamos por voltas das 18.30, quando ainda estava claro e fomos embora quando já era noite, depois de jantarmos em um dos bares que fica bem na entrada do burgo.
Demos realmente só uma pequena volta, já que a igreja de San Donato já estava fechada e não visitamos o Museu da Geologia e Avalanches. Mas o que vale mesmo é andar pelas ruazinhas para apreciar cada cantinho com suas casinhas decoradas com flores.
Sim, porque mesmo com só 10 habitantes, Civita não é cheia de casas abandonadas. Descobri conversando com uma senhora que estava cuidando atentamente de suas flores, que a maioria das casas no burgo são segundas casas e as pessoas vão para lá para passar o verão.
O pequeno vilarejo é conhecido por muitos brasileiros, porque serviu de cenário para a novela Esperança. No primeiro episódio o personagem de Gianecchini participa de uma corrida de burros na praça em frente a igreja (Palio della Tonda).
O vídeo abaixo não é de boa qualidade e é a versão dublado em italiano da novela, mas mostra as cenas do primeiro capítulo
Para quem está pela região viajando de carro (nós estávamos em Orvieto, que fica a cerca de 50km) uma desviada para conhecer a Civita di Bagnoreggio vale a pena, pela beleza e peculiaridade de seu destino.
O burgo é uma fração do município de Bagnoregio, onde ficam os estacionamentos e da onde começa a ponte que a liga até a Civita. A entrada na cidade custa 1,50 euros por pessoa (bilheteria no início da ponte). É possível visitar a cidade o ano todo.
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[…] Na década de 30, Toni (Reynaldo Gianecchini) nutre um grande amor por Maria (Priscila Fantin), mas o pai da moça não aprova a relação. Toni se muda para o Brasil em busca de fortuna, mas não consegue levar Maria, que fica na Itália e casa com Martino (José Mayer). Maria descobre estar grávida de Toni e anos mais tarde também se muda para o Brasil com a família. A esta altura Toni já está casado com a bela Camille (Ana Paula Arósio). As cenas iniciais foram gravadas em Civita di Bagnoregio, um lugarejo que fica a poucos quilômetros de Roma e é conhecida como “a cidade que morre”. A Magê, do blog Milão nas Mãos esteve lá e contou tudo neste post. […]
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