Segunda maior cidade da região da Lombardia, Brescia fica a 95km de Milão (cerca de 1 hora de carro ou trem), mas ainda hoje é ignorada pela maior parte dos turistas que transitam pelo Norte da Itália, a caminho das mais conhecidas Verona e Veneza. Uma pena.
Conhecida como a Leoa da Itália (a causa dos 10 dias de resistência aos austríacos em 1849), seu centro histórico conta mais de 3.000 anos de história e reserva boas surpresas para quem decide parar na cidade.
A melhor maneira de se locomover e chegar até o centro é utilizando a única (e novíssima) linha de metrô da cidade.
Para quem está de carro, a dica é parar fora do centro (na estação Poliambulanza não pagamos estacionamento) e ir até a estação Vittoria. O bilhete ordinário custa 1,40 euros e vale 90 minutos. As estações não tem catraca, mas você tem que validar seu bilhete nas máquinas espalhadas pelas estação (nós fomos fiscalizados).
Quem chega de trem, já está bem perto do centro, mas pode pegar o metrô para fazer 1 estação de metrô da estação ferroviária até Vittoria.
As praças
O centro de Brescia reúne 3 grandes praças de épocas bem diferentes. As mais caraterísticas são Piazza della Loggia e Pizza Vittoria.
A primeira é mais antiga, de época renascentista (séc. 15), quando a cidade pertencia a República de Veneza. O nome da praça é referência a um dos palácios ‘La Loggia’, que sempre funcionou como sede administrativa da cidade. Do outro lado da praça, em frente ao palácio, ficam os pórticos emoldurados pela Torre do Relógio.
Logo ao lado fica Piazza Vittoria, construída entre 1927 e 1932, é grande espaço retangular rodeada de prédios de arquitetura racionalista como a sede dos correios e telégrafos.
A terceira praça, sempre grudada nas outras duas, é a antiga Piazza del Duomo (hoje Piazza Paolo VI), que como diz o nome é a praça que reúne as igrejas da cidade, além do Broletto Vecchio.
Alí, para mim a grande estrela é o Duomo Vecchio ou La Rotonda, antiga catedral da cidade, construída a partir do século 10 e um dos mais bem conservados exemplos de rotundas românicas da Itália.
É um edifício de planta central, redondo, mas que dentro apresenta através dos seus nichos, 8 lados. O ingresso atual é em um nível mais alto do que o original e muito interessante é visitar também a cripta da co-catedral.
Já o Duomo atual é barroco e foi construído entre 1604 e 1825.
Área arqueológica
Mas é percorrendo Via Musei, que se chega na parte ainda mais antiga da cidade, que vai da época pré histórica até o reino longobardo.
Logo no início na rua, o Palazzo Martinengo nos reservou a surpresa de uma área arqueológica que vai desde a Idade do Ferro até o período romano. A visita é gratuita e a área fica aberta de terça a domingo (das 10 às 17), graças aos voluntários do Touring Club Italiano.
Mais alguns passos adiante e ao lado esquerdo a grande área do Capitolium, que reúne os restos do fórum da romana Brixia e o teatro romano.
O templo é de 73 d.C e é o mais importante complexo de ruínas romanas do Norte da Itália. É Patrimônio Unesco desde 2011 junto com o Museu de Santa Julia e fazem parte de uma série de sítios chamados Longobardos na Itália: os lugares do poder (568-774 d.C).
Dessa última vez não visitei de novo a área arqueológica comprando o bilhete e entrando, mas é possível ter acesso à parte de frente do templo.
Para quem estiver interessado, existe um bilhete acumulativo, que inclui a área do Capitolium e o Museu de santa Julia, situado logo mais adiante.
O Museu de Santa Julia
O Museu de Santa Julia é o mais importante da cidade e é um enorme complexo que reúne salas com peças expostas, mas também 2 importantes igrejas (que não são mais consagradas): Santa Maria in Solario (não percam a parte de cima com o céu estrelado) e a minha preferida, a basílica do Monastério de San Salvatore, fundado em 753 d.C pelo último rei longobardo, Desidério.
Faz parte também do complexo, o coro das monjas do Monastério de Santa Julia (encostado em San Salvatore), um lindo ambiente todo afrescado no início do século 16 e que lembra muito a igreja de San Maurizio em Milão.
Mas o meu xodó em todo o museu, são as domus romanas (Domus di Dionisio e Domus delle Fontane), presentes dentro do itinerário expositivo do museu. Encontradas no que era a horta do monastério, as domus foram descobertas entre 1967-71 em ótimo estado de conservação.
Os pisos em mosaicos estão praticamente intactos e mostram a rica decoração dos ambientes de casas que eram, com certeza, de romanos ricos.
A visita completa do museu leva de 1h30 a 2h.
Brescia tem também um castelo visconteo bem grande onde ficam o Museo del Risorgimento e Museo delle Armi, mas essa visita vai ficar para a próxima vez.
Para informações de horários e preços atualizadas dos museus, acesse os sites abaixo:
Capitolium – Área Arqueológica
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