Em qualquer lugar do mundo, se você perguntar qual é o sorvete mais famoso do mundo, todos respondem: o sorvete italiano. Il gelato!
A maravilha cremosa que agrada a todos, não foi inventada na Itália, mas foi aqui que se tornou famosa e adquiriu o padrão de qualidade que hoje todos conhecem.
O sorvete como ¨empresa¨ nasce em 1686 quando o siciliano Francesco Procopio dei Coltelli abre em Paris o Café Procope e oferece uma grande variedade de sorvete. O sucesso é imediato, mas o sorvete ainda era uma iguaria elitista, era para poucos.
Será em Turim, a partir de 1884, que o sorvete ganha o grande público tornando-se mais acessível com a abertura da Gelateria Pepino, que ainda hoje funciona na cidade. Em 1903, a invenção, sempre de um italiano, da casquinha, coloca o sorvete nas mãos de todos.
A fama do sorvete italiano está no fato dele ser produzido, nas melhores sorveterias, em modo artesanal. Está aí a grande diferença entre o gelato e o ice cream, conceitos que tive a oportunidade de aprender durante a minha última viagem a região Emilia Romagna, onde visitamos a sede da Carpigiani, uma dos mais conhecidos fabricantes de máquinas para produção de sorvete do mundo.
Nossa visita começou com uma aula que explicava exatamente a diferença entre o gelato e o ice cream, entre o artesanal e o industrial.
O sorvete artesanal, aqui na Itália, é produzido diariamente pela própria sorveteria com ingredientes de alta qualidade e frescos. Ele é composto de 25% a 30% de ar, de 7% a 12% de gordura, de 27% a 30% de açúcar e precisa de uma temperatura entre -11 e -15 graus para se manter.
Já o ice cream, ou sorvete industrial, é fabricado em grande quantidade para ser vendido e consumido em meses e é composto de 50 a 100% de ar, 30% de gordura, de 40 a 50% de açúcar e é mantido em uma temperatura de -18 graus.
Dá para sentir a diferença?
O sorvete artesanal é um alimento com ótimas propriedades nutricionais e aqui na Itália, às vezes, é consumido no lugar de uma refeição (geralmente o almoço, nos dias quentes de verão).
Para terminar a aula e antes de colocar a mão na massa (ou no sorvete), aprendemos também as diferenças dos ingredientes do sorvete (leite, cremes ou frutas e açucares) e o sorbetto (água, fruta e açucares).
Foi aí que eu levantei a mão e me ofereci para produzir um sorbetto de melão ali, na hora, usando instrumentos simples como 2 tigelas de alumínio, um batedor, gelo e sal (que faz com que o gelo não derreta). Muito braço (meu e da minha colega Sofia) e 20 minutos depois, nosso sorbetto estava pronto.
Essa foi uma pequena demonstração da aula de sorvete que faz parte do curso da Universidade do Sorvete (Gelato University) Carpigiani para pessoas do mundo todo, que vêm a Bolonha aprender a arte da fabricação do sorvete italiano.
Os cursos são divididos em níveis: básico, intermediário e avançado e tem vários tipos de duração. Podem ser feitos em italiano, inglês ou francês, na própria sede da Carpigiani e alguns até online. Para informações sobre os cursos, clique aqui.
A nossa visita terminou com um tour pelo gracioso Museo del Gelato, que a empresa montou para reunir e hospedar um pouco da história de um dos doces mais consumidos no mundo. Instrumentos como máquinas de fazer casquinhas, carrinhos antigos de sorvete, embalagens e máquinas formam a pequena coleção. É possível visitar o museu gratuitamente, reservando um horário (consultar site).
E aí, da próxima vez vai de gelato ou ice cream?
*Minha visita a Carpígiani e Gelato Universyti foi um convite do Emilia-Romagna Tourism Board e fizeram parte do blogtour Fine Food and Wine: The Ultimate Italy, mas todas as opiniões aqui relatadas são pessoais.
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Ontem mesmo, na tv, eu vi como se faz o Icecream e me chamou muito a atenção o lance do ar. Eu amo sorvetes e os italianos são os melhores do mundo. bj
É bem diferente mesmo, né Cris? Bjs