Milão e bicicletas
Milão não é a cidade mais bike friendly da Itália, título que fica com a cidade de Ferrara, mas ainda assim, os milaneses são bem chegados em uma duas rodas.
Usar bicicletas para se locomover nessa cidade é normal, apesar da rede de ciclovia ser insuficiente e bem interrompida, das ruas do centro serem pavimentadas com um tipo de paralelepípido (que chamamos de pavè) que é como uma cruz para os ciclistas dessa cidade e mesmo com a altíssima taxa de roubos de bicicletas por aqui. Mais do que normal, é inteligente, já que para entrar de carro no centro de Milão existe uma taxa, estacionar nas ruas é impossível e nos estacionamentos, caríssimo.
Quem usa bicicleta como meio de locomoção aqui, o faz com frio, chuva ou calor. Para ir trabalhar, passear, fazer compras ou levar o filho na escola. De terno e gravata, saias, jeans, bolsa e mochila.
Eu lembro uma vez, no ano passado, que uma amiga brasileira que vive aqui há poucos anos, comentou que se no Brasil alguém chegasse de bicicleta em algum lugar, seria considerado um pobretão. Não sei se seria assim, eu espero que não.
Aqui, a bicicleta não é nem mais considerada chic, mas sim uma escolha ecologicamente responsável. Em Milão existe até bikeboy (os Urban Bike Messengers), que é a tradução que eu fiz para os nossos brasileiríssimos motoboys, que fazem entregas só em bicicleta.
Com a chegada da primavera, o volume de bicicletas aumenta, já que é mais fácil e agradável pedalar. Eu mesmo sou uma que incremento o número de bikers, já que muitas vezes troco o metrô pelas bicicletas do serviço de compartilhamento da prefeitura, o BikeMi.
Para quem quer alugar uma magrela, sem a preocupação de ter que se registrar em um site e obedecer as regras do compartilhamento, a cidade oferece opções como a histórica loja Rossignoli.
Recentemente, foi até lançado a versão milanesa de um blog-projeto, que se chama Cycle Chic e foi ideado por um fotográfo biker dimamarquês. Os blogs reúnem fotos de ciclistas chics, cada um com seu estilo e Milão não poderia ficar de fora de uma iniciativa assim.
Mas se a escolha é se locomover de bicicleta, mesmo para os turistas, alguma regras devem ser respeitadas:
– mãos no guidão e mantenha a direita
– nada de pedalar na contramão
– proibido celular
– nada de velocidade, mesmo nas ruas só para pedestres
Boa pedalada!!
Legal você falar das bikes de Milão, Mage. :)
A gente, como pró-bike, sempre procura pedalar pelas cidades em que passamos. Em Milão, infelizmente, não tivemos tempo suficiente, mas esse foi um dos motivos que nos fez já começar a planejar uma próxima ida à cidade. hehe
Aproveito que estou aqui para contar que não é só Milão que tem bike-boys. Em Curitiba existe uma empresa chamada Eco Bike Courier que oferece esse serviço e que vem crescendo bastante.
Muito bom ver a mentalidade das pessoas e cidades mudando a favor de uma filosofia que traz mais qualidade de vida e benefícios também para o meio ambiente.
Beijos,
Nah (Pra Ver em Londres)
Oi Nah,
Obrigada pelo teu comentario. Fico contente que vc tenha gostado do post, ainda mais pq vc é uma pessoa que entende do assunto.
Nao sabia que em Curitiba tb tinha bike boys… Curitiba foi sempre uma cidade de vanguarda :-)
Entao fico aqui te esperando da proxima vez em Milao!
Beijos
Mage