O maior e mais conhecido monumento de Milão, o Duomo, já foi abordado nesse blog mais de uma vez com outros dois posts: O Duomo de Milão e 10 curiosiades sobre o Duomo de Milão .
Mas um dos aspectos que mais impressionam na história antiga e recente da catedral de Milão, são os números. Ligados às esculturas, dimensões ou mesmo às cifras necessárias para mantê-la em atividade, eles são sempre números importantes.
Além de suas 135 agulhas, cerca de 3.400 estátuas, 53 vitrais, 45 metros de altura e quase 12 mil metros quadrados de área construída, esses números também são feitos do orçamento necessário para o funcionamento e manutenção da catedral milanesa.
Na semana passada, o jornal italiano Corriere della Sera publicou uma reportagem sobre os números e projetos do Duomo de Milão atualmente (ver gráfico).
Primeira coisa a saber é quem está por trás da administração desses grandes números e no caso do Duomo de Milão, é uma instituição tão antiga quanto a catedral, fundada meses depois do início das obras, que se chama Veneranda Fabbrica del Duomo di Milano.
A Veneranda Fabbrica gerencia a Catedral, os Terraços, o Grande Museu do Duomo, a igreja de San Gottardo e o arquivo-biblioteca. Além disso, supervisiona setores como a da escavação do mármore de Candoglia na jazida de propriedade deles, a coordenação dos canteiros, dos turistas em visita ao monumento, entre outras tarefas.
Pode-se dizer que o Duomo e tudo que gira em torno dele, constitui uma cidade dentro da cidade.
Nos últimos 5 anos o Duomo de Milão vem passando por uma intensa campanha de restauração externa e interna. Monumento complexo na manutenção, atualmente (2016) conta com 22 canteiros abertos e de 2010 a hoje já custou 162 milhões de euros aos cofres da Veneranda Fabbrica.
Sim, são cerca de 22 milhões de euros por ano para a manutenção ordinária. Só para abri-la todos os dias aos turistas, se gasta cerca de 11 mil euros por dia.
O orçamento do Duomo é formado por 20% de subsídios públicos e o restante dos 80% vem do complexo sistema de autofinanciamento da Veneranda Fabbrica, que conta com os bilhetes pagos pelos turistas para visitar o interior da catedral, seus terraços e o museu, da campanha Adote uma Agulha e da gestão do patrimônio imobiliário da instituição, que tem cerca de 170 imóveis alugados.
Lembrando que sendo uma igreja privada (sim, o Duomo é propriedade da Veneranda), não recebe nenhum subsídio do Vaticano ou da Diocese de Milão. Mas desde o tempo da dominação austríaca, a prefeitura sempre destinou financiamentos à catedral. Soberanos e políticos locais nunca quiseram correr o risco de ver suas portas fechadas. E nós agradecemos!!
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Nunca imaginaria que o custo anual do duomo gira em torno de 22 milhoes. Muito menos que servem 11 mil euros para mante-lo aberto diariamente. Muito interessante o post.