O Duomo de Milão

Não é possível pensar em Milão sem pensar na sua catedral por excelência: o Duomo.

Uma das mais belas catedrais góticas do mundo, a sua construção começou em 1386 onde antes existiam as igrejas de Santa Tecla e Santa Maria Maggiore e durou mais de 400 anos. O Duomo foi toda construída com o maravilhoso mármore branco-rosa de Candoglia (no Lago Maggiore) que viajava através dos canais de Milão e chegava em um laguinho praticamente atrás de onde hoje é a igreja.

A fachada da catedral

É a única igreja do mundo proprietária da própria marmoraria, de onde ainda hoje saem as placas de mármore necessárias para a restauração do edifício. Para supervisionar a sua construção o duque de Milão instituiu a Veneranda Fábrica do Duomo que ainda hoje é responsável pela conservação, manutenção e obras de restauração da catedral.

Quando você chegar na praça, coloque-se a sua frente e se maravilhe com os 8.200 blocos de mármore só na fachada e a abundância de estátuas (são 2.300 só na parte externa) . Feito isso fique sabendo que essa não é a parte mais bonita da igreja.

A fachada do Duomo foi finalizada “as pressas” em 8 anos por ordem de Napoleão que queria coroar-se ali rei da Itália em 1813.

A parte posterior da catedral (abside)

A construção da catedral começou por trás (abside) e já em 1418 o altar maior foi consagrado pelo Papa Martinho V. Então, dê a volta na catedral e vislumbre a parte posterior (abside) antes de entrar.

O INTERIOR

Depois de uma volta completa pela parte externa da catedral, entre pela porta principal. O Duomo não é uma catedral iluminada e a parte interior pode decepcionar depois que você se deliciou com o exterior. Atualmente existe também uma grande diferença na cor do mármore externo e interno, já que o lado de fora passou por uma limpeza nos últimos 10 anos e o interior mostra o mármore escurecido pelos anos.

Mas não deixe se enganar e aproveite para apreciar os detalhes dessa imensa construção (é a quarta em dimensão na Europa) feita de 5 naves (1 central e 2 em cada lateral) divididas por 52 colunas de 24 metros de altura cada.

O interior da catedral (foto: Giovanni Dall'Orto - internet)

Depois das estátua externas, a outra atração na decoração da catedral são os vitrais que no período dos bombardeios da Segunda Guerra foram retirados e substituídos por pedaços de madeira e contam histórias de santos e profetas. Sarcófagos de mármore de famílias nobres milanesas enriquecem as várias capelas laterais e entre as estátuas dentro da catedral, a mais famosa é a de São Bartolomeu dissecado, que segura a própria pele como um manto.

Ainda dentro da catedral é possível visitar a cripta de São Carlos Borromeo (entrada gratuita) e uma pequena sala onde ficam expostos os tesouro do Duomo (entrada a pagamento).

OS SUBTARRÂNEOS (ÁREA ARQUEOLÓGICA)

Muita gente não sabe, mas sob o Duomo, descendo uma escada localizada junto a entrada da catedral, ficam os restos de época romana (sec. IV) das antigas basílicas de Santa Tecla (que era a basílica usada no verão e era onde hoje é a praça) e de Santa Maria Maggiore (usada no inverno e localizada exatamente onde hoje é presente a Duomo). O espaço não é grande e a visita é rápida.

Restos de época romana nos subterrâneos

Junto com os telhados na catedral, os subterrâneos são uma das minhas partes favoritas e fica aí a dica de não perder a visita.

LEIA O POST DAS 10 CURIOSIDADES SOBRE O DUOMO DE MILÃO 

OS TELHADOS 

Na primavera ou no verão e, porque não, até no outono (melhor se é um dia de céu límpido), um passeio pelos telhados, completamente percorríveis, é imperdível

Para mim é dalí que o edifício mostra toda a sua magnitude, já que é mais fácil admirar os pináculos e suas estátuas. É dalí também que os milaneses se sentem mais perto da estátua mais amada da cidade: La Madonnina. Uma estátua dourada de Nossa Senhora ( a catedral é dedicada a Santa Maria Nascente), colocada na agulha mais alta de catedral e que vigia os milaneses e é um dos símbolos da cidade.

Os pináculos vistos do telhado

Eu, cada vez que subo, não consigo deixar de lembrar de um dos meus filmes italianos preferidos, Rocco e seus irmãos (1960), e da cena de Alain Delon que discute com Annie Girardot que ameaça se jogar, correndo pelos telhados da catedral.

Vir a Milão e não subir no Duomo é como visitar a cidade pela metade.

Informações:

– Todos os dias das 7.00 às 18.45 (último ingresso)

– Não é permitido o ingresso de pessoas vestidas com regatas, mini-saias, shorts e blusas decotadas.

 – Ingressos à venda nas bilheterias do Duomo (do lado de fora) para:

– Visita a catedral, museu do Duomo e igreja de San Gottrado in Corte: 3 euros (2 euros reduzido)

– Duomo pass (catedral, museu, subterrâneos e telhados de elevador): 16 euros (8 euros reduzido)

– Duomo pass (catedral, museu, subterrâneos e telhados a pé): 12 euros (6 euros reduzido)

– Visita só dos telhados com acesso pelo elevador: 13 euros (7 euros reduzido)

– Visita só dos telhados com acesso a pé: 9 euros (4,5 euros reduzido)

– Visita Subterrâneos e interior catedral: 7 euros (3 euros reduzido)

– Crianças até 6 anos não pagam – Crianças dos 6 aos 12 anos pagam ingresso reduzido



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