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Em Milão o futebol não é apenas futebol

Barcelona, Milão, Porto. O que essas cidades tem em comum?

Esse post faz parte da Blogagem Coletiva Barcelona- Milão-Porto, que todas as quinta de Abril vai mostrar um pouco das coisas em comum dessas 3 grandes cidades europeias, pontos de referências em seus países, com a participação de Cristina Rosa do blog  Sol de Barcelona e Rita Branco do blog O Porto Encanta.

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O futebol na Itália é uma religião assim como no Brasil. O país foi quatro vezes campeão do mundo e fica atrás só da nossa seleção.

Com isso, é normal que aqui muitas cidades e regiões tenham seus times mais famosos na primeira divisão. Milão não fica atrás nessa tradição e tem dois grandes times, conhecidíssimos dos brasileiros, por serem ainda hoje clubes que investem em muitos jogadores brasileiros: o Milan e o Internazionale di Milano, ou simplesmente Inter.

Os emblemas e as torcidas dos dois times milaneses

Os emblemas e as torcidas dos dois times milaneses

Por aqui,  milanês que se preze tem que torcer para um dos dois times. Juntos, eles dão a cidade de Milão o maior número de títulos na Champions League: 10. Mas a rivalidade é grande e histórica, já que desde o início existia também uma divisão de classes que caracterizava as torcidas dos dois times.

A partir dos anos 20, quando as primeiras torcidas começaram a se organizar, a Milão mais proletária era milanista, o que fazia que seus adversários interistas e burgueses, os chamassem de “caciavit”, que em dialeto quer dizer “chave de fenda”. Os interistas por sua vez, eram nominados pelos rivais “bauscia”, que sempre em dialeto tem uma conotação de burguês. Hoje a rivalidade no campo continua, mas os apelidos morreram.

Essa rivalidade talvez exista não só pelo fato que os dois times representarem a mesma cidade, mas pela própria história das suas fundações.

O Milan nasceu em 1899, fundado por um grupo de ingleses e italianos  como Milan Foot-Ball and Cricket Club, nome que permanaceu até 1919. Já em 1901 venceu seu primeiro campeonato italiano.

Desde o início os milanistas vestiram o uniforme com as cores vermelha e preta e por isso ainda hoje são chamados de rossoneri. O clube tem também a segunda maior torcida italiana (depois da Juve) e desde 2006 um simpático mascote: Milanello, um diabinho vestido com o uniforme do time.

Pelo Milan passaram jogadores brasileiros como Dida, Cafú, Ronaldinho Gaúcho, Leonardo (que foi também técnico), Robinho, Pato, Kaká, entre outros.

Já o Inter  foi fundado em 1908, quando uma discórdia entre os sócios do Milan culminou na dissidência de 44 deles, que fundaram o novo clube.

A vitória do primeiro campeonato italiano já acontece 2 anos depois e, entre altos e baixos, é o único time italiano a ter partecipado de todos os campeonatos da primeira divisão.

Sempre em oposição ao Milan, seu uniforme é azul e preto e os interistas são chamados de neroazzuri. O time teve seu nome mudado por um breve período durante a época fascista, que o fez tirar a denominação Internazionale. Assim de 1928 a 1945 foi chamada de Ambrosiana Inter.

O Inter também conta na sua história recente com a presença de grandes jogadores brasileiros como Ronaldo, Adriano, o goleiro Júlio Cesar, Lúcio, Thiago Motta, entre outros.

As lojas dos dois times no centro de Milão

As lojas dos dois times no centro de Milão

O clássico dos clássicos aqui, que nós chamamos de “derby” é sem dúvida Inter X Milan, disputado no maior e mais famoso estádio do país, o estádio de San Siro (leia a sua história nesse post). Para completar a rivalidade entre os times, até o estádio muda de nome de acordo com o time que vai jogar: quando joga o Milan é simplesmente San Siro. Quando joga o Inter, é chamado pelo seu nome, estádio Giuseppe Meazza.

Meazza foi um dos grande jogadores neroazzuri da história e por isso nenhum, mas nenhum dos milanistas chama o estádio com o nome oficial.

O estádio milanês: San Siro para osmilanistas, Giuseppe Meazza para os interistas

O estádio milanês: San Siro para os milanistas, Giuseppe Meazza para os interistas

Confesso a vocês que sou a pessoa mais ‘não futebol’ da terra. Não torço para nenhum time e só sofro um pouquinho (mas sempre menos) quando joga o Brasil na Copa do Mundo. Também sou casada com um milanês interistas da boca para fora, porque nunca vi meu marido a frente da televisão seguindo um jogo com sofrimento ou interesse.

Mas há uns dois anos atrás, tive a oportunidade de pisar em um estádio pela primeira vez e acompanhada de marido e pai, fui assistir em San Siro um Milan x Catania. Ok, eu sou daquelas que não entendo um impedimento nem se me desenham, mas confesso que me diverti um montão naquela tarde.

O início do meu primeiro jogo de futebol

O início do meu primeiro jogo de futebol (2011)

Os bilhetes eram presentes de fornecedores e ficamos em uma área VIP e um tanto monótona, o babado era mesmo na “curva” (arquibancada), onde os chefes da torcida, em pé nas grades puxavam os  hinos e agitavam aquela tarde fria de domingo. Difícil ficar indiferente a paixão dos torcedores.

A festa acabou em 4 a 0 para o Milan, com um dos gols marcados pelo brasileiro Robinho.

O próximo clássico é dia 4 de maio e com certeza, Milão vai parar mais uma vez, contagiada pela torcida de milanistas e interistas!!

E que vença o melhor!!

Para conhecer o futebol do Barça e do Porto, clique nos links:

Em Barcelona futebol não é apenas futebol

No Porto futebol não é apenas futebol

Estações de esqui perto de Milão

Milão, além de ser uma cidade que vale a pena por aquilo que oferece, atrai também pelo o que oferece os seus arredores: cidades de arte como Bergamo e Turim, lagos, mar e montanha, acessíveis com um simples bate e volta.

No inverno, para os amantes do esqui ou para quem quer simplesmente tocar pela primeira vez a neve, os arredores de Milão oferecem diversas estações de esqui com pistas de todos os tipos.

esqui arredores Milão

Confesso que eu não sou a esquiadora da casa. Coloquei meu primeiro par de esquis aos 35 anos e até que não me dei mal, mas para mim é muito trabalho (e roupa) para pouca diversão. E tira sapato de neve e coloca o sapato de esqui, e sobe com o teleférico (mooorro de medo) e desce e começa tudo de novo.

Mas maridão esquia desde criança e as mascotes de casa começaram aos 4 anos e a-do-ram. Com isso, vamos todos os anos, geralmente no esquema bate e volta e com uma média de 1 hora e meia de viagem. Aqui ficam as minhas dicas de onde esquiar nos arredores de Milão.

A estação mais perto de Milão e que praticamente usamos todos os anos e que indico é Barzio-Piani di Bobbio, uma pequena estação que fica a 1 hora de Milão. Obs: leia nos comentários a experiência da leitora Ana Carla, que usou o trem a partir de Milão para chegar à estação.

Durante a temporada, que geralmente começa no feriado de 8 de dezembro e vai até a Páscoa, existe um ônibus que funciona nos finais de semana e leva de Milão a Piani di Bobbio. Clique aqui para saber informações.

Para quem quer ir de trem, a opção é fazer Milão-Lecco e de lá pegar o ônibus para Barzio (que sai de frente da estação). O problema é ir de Barzio a estação de esqui (como relatado por mais de 1 leitor), já que o translado só funciona de final de semana. Durante a semana é encarar uma subidona a pé de cerca 30 min.

De Barzio parte uma cabinovia que leva até as pistas que ficam a 1.700metros e da base das pistas, para subir, a estação dispõe de 4 teleféricos e 3 skilifts para 30 km de pista: 2 são para esquiadores mais experientes e outras para principiantes. É presente também pista circular para o esqui de fundo.

Também presente vários refúgios alpinos onde depois do esforço, saborear um prato de polenta ou alugar uma cadeira para tomar sol e também todos os equipamentos.

Esta estação é perfeita para quem procura um equilíbrio entre comodidade e qualidade/quantidade de pista e tem também a vantagem que essas ficam expostas ao sol o dia todo (fator importante em dias de muito frio).

As estações, grandes ou pequenas,  são sempre bem cheias nos finais de semana. Nós, sempre que podemos, vamos durante a semana: pistas vazias e custo reduzido.  

Em direção de Bérgamo, a menos de 2 horas de Milão, o meu conselho é o Monte Pora. Essa também é uma estação pequena, com uma boa exposição ao sol e ideal para uma excursão não muito puxada.

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Também a cerca de 2 horas de Milão ficam as localidades maiores como Madesimo (Val Chiavenna ) e Pila (Val d’Aosta) e a possibilidade de esquiar na Suiça (Splugen, Andermatt).

As estações maiores e mais renomadas ficam um pouco mais longe e a mais renomada na Lombardia é Bormio, porque é uma das etapas fixas do calendário da Copa do Mundo de Esqui Alpino: a 3 horas e meia de Milão, dispõe de 80 km de pistas que chegam a 3.000 mt de altura. Outras localidades famosas a cerca de 3 hores de viagem são Cervinia, Courmayeur, Sestriere.

As estações de esqui na Itália, geralmente abrem as pistas no final de semana do feriado de 8 de dezembro e as fecham depois das férias de Páscoa (quando essa não é muito tarde). Para quem não quer renunciar ao esqui durante o verão, na Lombardia o geleiro Presena no Passo del Tonale se esquia até junho, e no Passo dello Stelvio se esquia de junho a setembro.

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O custo dos passes diários ficam em torno de 20 a 35 euros, dependendo da estação e do dia. As reduções são consistentes para crianças. O aluguel de equipamento (não roupas) nas pista custa entre 20-30 euros.

Aqui os sites das estações italianas citadas no post:

http://www.pianidibobbio.com/it/home

http://www.presolanamontepora.it

www.skiareavalchiavenna.it

http://www.pila.it

http://www.bormioski.eu

Editado em 18/08/2018

Os baristas italianos e a arte de servir um bom café

Para quem aprecia um bom café fora de casa, só existe uma certeza: não existe um bom café sem um bom barista.

Aqui na Itália, país grande consumidor de café e inventor do expresso, a coisa é levada a sério. Sim, mesmo aqui um bom barista não se encontra em todos os bares, porque ser um bom barista não é só preparar e servir um café.

Tecnicamente falando, serve uma boa mão, nos bares mais movimentados serve uma boa memória e atenção aos pedidos (com todas as variedades que existem aqui). Humanamente falando serve gentileza, simpatia e discrição.

Os italianos amantes do cafezinho no bar concordam unanimamente: um bom barista pode mudar o seu dia (assista o vídeo).

Em 2002 eu tomava um café, antes de entrar no escritório onde trabalhava, em um bar comum, que servia uma marca de café que não é a minha preferida, mas o café que “tirava” Tiziano (me lembro do nome dele até hoje) ainda é um dos melhores cafés que bebi aqui na Itália.

Simpático e alegre, tinha sempre uma palavra gentil ou divertida para os clientes. Me lembro que uma vez perguntei a ele qual era o segredo do seu ótimo café e ele respondeu: “é café com sentimento”.

Em uma cidade como Milão existem vários bares onde é possível tomar um bom café, feito por bons e gentis baristas e, com certeza, alguns milaneses tem seus baristas (e não só bares) preferidos. Sim, porque alguém pode gostar mais do café feito por um barista que o outro, no mesmo bar.

Eu mesma, no bar que fica no final da rua onde moro e que serve só a minha marca preferida, prefiro o café feito pelo proprietário ao café feito pelo filho dele. Ou seja, oq ue faz um bom barista é uma série de combinações técnicas e humanas e cada um elege o seu.

Os patrimônios da Unesco na Lombardia

A Itália é o país, no mundo, que tem o maior número de cidades e monumentos declarados Patrimônio da UNESCO. São 49 no total, sendo que 45 são culturais e 4 são naturais. A esses, podemos também incluir os 4 patrimônios imateriais italianos.

Para quem viaja “colecionando” visitas a essas belezas e tradições, fica aqui uma lista dos 10 patrimônios Unesco localizados na Lombardia e que você pode visitar a partir de Milão.

1. A IGREJA DE SANTA MARIA DELLE GRAZIE COM A SANTA CEIA DE DA VINCI

Patrimônio Unesco desde 1980

Talvez um dos patrimônios mais conhecidos no mundo, não precisa de grandes apresentações. A obra-prima do gênio toscano é uma das paredes pintadas (entre 1495-98) sob ordem do duque Ludovico Sforza do refeitório do convento dos dominicados. Leia aqui a sua história.

Santa Ceia Da Vinci Milao

Para mim, a Basílica de Santa Maria delle Grazie é uma das igrejas mais bonitas da cidade e vale a pena a entrada se você passar por alí em um horário que ela esteja aberta. Aconselho também uma rápida entrada no claustro para apreciar a tranquilidade a poucos passos do centro da cidade.

A visita a Santa Ceia requer reservas com grande antecedência, como já expliquei nesse post.

2. CRESPI D’ADDA

Patrimônio Unesco desde 1995

Considerado pela Unesco um exemplo excepcional de vilarejos operários, o mais completo e mais bem convervado do Sul da Europa, Crespi d’Adda fica a poucos km de Milão e da cidade de Bérgamo.

Um lugar ideal para quem viaja pelo Norte da Itália de carro e pode dar uma desviada e uma parada para conhecer um lugar de muito charme, como já contei nesse post.

O vilarejo foi fundado no final do século 19 pela família Crespi para acolher os operários e suas famílias, que trabalhavam na fábrica de tecelagem. A configuração urbanística de Crespi segue princípios geométricos, já que a estrada principal o divide em 2: de um lado a fábrica e do outro a parte residencial.

vista-crespidadda-italia

Ainda hoje, Crespi é um pequeníssimo centro habitado e, tendo eu a sorte de morar do outro lado do rio que nos separa, é onde vou correr 3 ou 4 vezes por semana.

3. ARTE RUPRESTE DA VAL CAMONICA 

Patrimônio Unesco desde 1979

Primeiro patrimônio italiano na lista da Unesco, as incisões ruprestes na província de Brescia começaram a serem realizadas há 8.000 anos atrás, em época mesolítica e foram  até a idade do ferro.

Elas  estão presentes em cerca de 2.000 rochas em mais de 180 localidades divididas em 24 municípios e maior concentração estão nos municípios de Capo di Ponte, Ceto (Nadro), Cimbergo e Paspardo, Sonico Sellero, Darfo Boario Terme, Ossimo  onde existem 8 parques acessíveis para visitas.

4. MONTE SAN GIORGIO

Patrimônio Unesco desde 2010

Um dos 4 patrimônios naturais do país, a parte italiana do Monte San Giorgio foi acrescentada há poucos anos como extensão do território suiço (patrimônio desde 2003), já que a pirâmede rochosa de 1.097 metros de altura fica entre a Lombardia e o Cantão Ticino suiço, na zona meridional do Lago de Lugano.

Além da beleza natural, a região foi inserida na lista Unesco pelo seu valor geológico (época Triassica média  245–230 milhões de anos) e pelos milhares de fósseis encontrados a partir do século 19.

5. FERROVIA RETICA DO BERNINA EXPRESS

Patrimônio Unesco desde 2008

O patrimônio é suiço, mas tomo a liberdade de incluí-lo nessa lista, já que a viagem, para quem está na Itália, começa na Lombardia, mas precisamente na cidade de Tirano e termina em St. Moritz na Suíça.

bernina express trem suiça

Considerado pela revista Nathional Geografic uma das 10 viagens ferroviárias mais bonitas do mundo, posso dizer que tive o prazer de fazê-la há poucos mesmo e é realmente uma experiência que vale a pena, como contei nesse post.

6. SACRI MONTI DE VARESE E OSSUCCIO

O sacri monti da Itália são grupos de capelas e outras construções realizadas entre os séculos 16 e 17, dedicados a diferentes aspectos da fé cristã. Geralmente estão integrados em um contexto paisagístico de colinas, bosques e lagos, além de conter elementos artísticos importantes como afrescos e estátuas.

As 14 capelas do  Sacro Monte de Varese foram todas projetadas por um só arquiteto e fica em uma posição privilegiada no Monte Velate, que permete a visão do lago e da planice lombarda.  O percurso termina no santuário de Santa Maria del Monte.

Já o Sacro Monte de Ossuccio, fica na parte ocidental do Lago de Como,  possui um grandel valor paisagístico e foi  as 15 capelas construídas entre 1635 e 1710, provavelmente foram realizadas sob ordem dos monges franciscanos e das famílias nobres locais.

7. CIDADES DE MÂNTUA E SABBIONETA 

Patrimônio Unesco desde 2008

Confesso que a cidade de Mantova pouco conhecida dos brasileiros, é uma das cidades que mais me encantou aqui (sem falar na culinária local). Sua vizinha, a pequena Sabionetta também não deixa nada a desejar. Uma graça.

Território da potente família Gonzaga, as duas cidades foram incluídas na lista Unesco por serem um exemplo da arquitetura e da urbanistica Renascentista. Enquanto Mantova é considerada uma cidade evolutiva, ou seja, que cresceu e se alargou em bases já pré existentes, Sabbioneta é classificada como cidade fundativa, já que foi construída pelos Gongaza como cidade ideal.

Palacio Ducal Mantua

Ainda hoje as duas cidades conservam essas características e também hospedam numerosas obras de artes importantes do período Renascentista. Leia sobre elas nesse post.

Em Mântua, não deixe de visitar a Basilica de Sant’Andrea, a casa do pintor Mantegna, Palazzo Te e a magnífica residência dos Gonzaga por quase 4 séculos, que é o Palazzo Ducale.

8. LONGOBARDOS NA ITÁLIA – OS LOCAIS DO PODER

Patrimônio Unesco desde 2011

Se trata de uma série de sítios de importantes construções que incluem fortes, igrejas e monastérios localizados em toda a península que testemunham a grande influência dos longobardos, que migraram do Norte da Europa e desenvolveram uma cultura bem específica na Itália entre os séculos 6 e 8.

A Lombardia possiu 2 dos 7 patrimônios longobardos: o complexo monástico de San Salvatore-Santa Giulia na província de Brescia e o Castrum de Castelseprio-Torba, na província de Varese.

A basílica de San Salvatore, situada dentro do monastério feminino de Santa Giulia, foi edificada sob ordem do rei longobrado Desiderio no ano 753. Parte do complexo hospeda o museu da cidade de Brescia.

san salvatore patrimonio unesco italia

Já o Castrum de Castelseprio-Torba é uma área arqueológica que conserva exemplos de arquitetura militar, os restos da basílica de san Giovanni Evangelista, o monásterio de Torba e a renomada igreja de Santa Maria foris portas, que como diz o nome, era localizada fora das muralhas do pequeno burgo da alta idade média.

9. SÍTIOS PALAFÍTICOS PRÉ-HISTÓRICOS AO REDOR DOS ALPES 

Patrimônio Unesco desde 2011

A série de sítios se estendem nos territórios de 6 países: Suiça, Austria, França, Alemanha, Eslovênia e Itália e reunem 111 vilarejos palafíticos, compostos de restos pré históricos que vão de 5.000 a 555 a. C.

Em Itália possui 19 áreas arqueólogicas espalhadas por 5 regiões. Na Lombardia as palafítas estão presentes na província de Brescia e Varese. No lago de Varese ficam as estruturas palafíticas mais antigas já descobertas, que são do período Neolítico.

Na região do Lago de Garda (na parte de Brescia) se encontra a maior concentração de palafítas (mais de 30) situadas ao longo das margens do lago.

10. ARTE DA LUTERIA CREMONES

Patrimônio Unesco desde 2013

A palavra é pouco conhecida em português e significa a arte de fabricar instrumentos de corda que possuem caixa de ressonância (mas não teclados).

Um dos 4 patrimônios imateriais que a Itália possui, a luteria cremonesa entra nessa lista pelo valor dos seus famosos violinos, como o mundialmente conhecido Stradivari.

Ainda hoje a cidade concentra um grande número de fabricantes de violinos e violoncelos e recentemente abriu um museu dedicado ao instrumento e a sua história.

Fotos: Milão nas mãos, Corriere della Sera e Wikimedia Commons

Passeio com o trem Bernina Express