Expo2015 Milão: impressões e informações
No segundo dia de ExpoMilao2015, sábado 2 de maio, não resisti a um convite de uma amiga para lhe fazer companhia e decidi começar a explorar a tão falada e esperada Exposição Mundial, que como já foi contado em mais de um post aqui no blog, esse ano acontece em Milão de 1 de maio a 31 de outubro.
Confesso que depois de ter acompanhado todas as polêmicas e incertezas desses últimos anos e mais intensamente nos últimos meses, quando atravessei a passarela que conduz ao gigantesco espaço destinado a exposição, me emocionei. Não sem tombos e tropeços, mas Milão conseguiu abrir a sua Expo.
Queria deixar aqui só algumas fotos do “pouco” que vi, minhas impressões e algumas informações.
Chegada-Transporte
Eu decidi ir de metrô, cheguei na estação Rho Fiera as 10h30 e meu trem estava bem cheio. Logo nas catracas, policiais, funcionários ATM e voluntários da Proteção Civil organizavam o mar de gente que saia do metrô para se dirigir a Expo, direcionando as pessoas para 2 entradas diferentes.
Saindo do metrô já é possível ver as bilheterias. Eu já tinha o bilhete e fomos direto para o controle do raio X. Isso mesmo, a entrada da Expo é como o controle dos aeroportos: detector de metais, raio-X para as bolsas, tem que tirar cinto, pulseiras. Eu tinha um selfie stick para fotos dentro da bolsa e depois de passar pelo raio –X o funcionário pediu para que eu abrisse a bolsa para ele olhar.
A área e os pavilhões
Passado o controle, andei por uma passarela até chegar na frente do Pavilhão Zero, a porta de entrada da Expo, que dá uma introdução geral no tema da alimentação e nutrição no planeta através da evolução da agricultura e pecuária. Gostei muito do ambiente que reproduz em 3 lados da sala, a bolsa de alimentos no mundo, com a cotação de vários tipos de produto em vários países. Os painéis são intercalados com monitores onde filmes publicitários sobre alimentos do mundo todo são veiculados.
A entrada no Pavilhão Zero, assim como em outros pavilhões mais concorridos, era controlada, formando uma pequena fila (com uma espera de 5 min, no caso desse pavilhão).
O grande eixo da área é o Decumamo, onde estão presentes os pavilhões dos países participantes. A cerca de ¾ do Decumano (foi até onde consegui chegar) ele é cruzado pelo Cardo, eixo mais curto, onde ficam todos os pavilhões das regiões italianas e o enorme Palácio Itália.
Depois visitei o Pavilhão do Brasil, bem legal e com certeza vai ser um dos mais populares, por causa da grande rede suspensa por onde adultos e crianças podem caminhar, sentar, deitar. Na parte de baixo, algumass plantas de frutas e grãos como feijão, jabuticaba, abacaxi, carambola e etc são expostos em pequenos canteiros.
O espaço também tem um bar (caríssimo) onde vendem sucos, pão de queijo, caipirinha e no mezanino algumas telas mostram os números da produção e exportação alimentar no Brasil. No mezanino fica também o restaurante que oferece a opção churrascaria (45 euros) ou prato único (22 euros) .
Depois foi a vez, não nessa ordem, de visitar: China, Espanha, França, Palácio Itália, pavilhão do vinho e de parar para almoçar e carregar meu celular (sim, tem os bares da Chiccotosco que tem lugares para recarrega-los grátis (Samsung e Iphone 6).
Parece pouco? Pois é pouco, porque a essa altura, na saída do Palácio Itália eu tinha visto só alguns pavilhões dos ¾ iniciais do Decumano, já estava ali há 7 horas, meus pés estavam doendo e eu só queria voltar para casa.
Sim, eu queria ter entrado no pavilhão dos Emirados Árabes (anfitriões da próxima Expo em 2020) mas tinha uma fila de 1 hora, sabia que os pavilhões de Israel, Áustria, Alemanha e muitos outros valem realmente a pena, mas eu já tenho mais ingressos comprados e resolvi deixar um pouco (muito) para as próximas vezes.
A área é bem legal e bonita (mais em alguns pontos que em outros), as pessoas transitavam sem problemas mesmo estando cheio (mas não lotado).
Tudo parecia funcionar bem, fluir, sem muvuca nos banheiros (são vários e grandes) e nos bares para comer alguma coisa.
Como eu disse, muitos pavilhões tinham filas na entrada (era final de semana), mas não eram muito demoradas.
Dicas:
Compre seu bilhete antes, pela internet, para evitar mais uma fila nas bilheterias.
Vá com um sapato muito confortável. A melhor coisa é tênis de corrida. Eu estava de sapatilha é foi o meu maior erro.
Prepare-se para o verão. É tudo asfalto e com certeza o sofrimento pelo calor vai ser grande.
A cada hora, na área da Árvore da Vida, tem um pequeno espetáculo de música e cores. Não vi a noite, mas deve ser lindo .
Alguns pavilhões tem seus próprios restaurantes e você pode optar por almoçar ou jantar alguma comida típica. Clique para ver as opções gastronômicas publicadas pelo jornal Corriere della Sera, que vai desde bares e espaços solidários (Cascina Cucagna) até o restaurante onde chefs estrelados se alternam na cozinha com menus que chegam a 90 euros. Ou seja, comida para todos os tipos de orçamento.
Amigos me avisaram da furada de escolher a Eataly (que tem um espaço enorme) para jantar. Sabe-se lá por que, a comida e bebida são vendidos em lugares separados e as 21h, eles conseguiram comprar a comida mas o lugar da bebida já estava fechado (e a Expo fecha as 23h). Vamos ver como as coisas vão ficar nos próximos meses, onde a afluência será bem maior.
Resumindo
A Expo é uma grande festa, onde as pessoas vão para passear, se divertir e dar (um pouco) a volta ao mundo em 1 milhão de metros quadrados.
Se você tem pouco tempo, só 1 dia, focalize no que quer ver e se prepare para a maratona. Para quem quer explorar bem, eu diria que são necessários de 4 a 5 dias.
Boa visita e divirta-se!!
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