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Viajar pela Itália: carro ou trem?

O novo trem Italo

O novo trem italiano Italo

Italo treno é o mais novo trem de alta velocidade da empresa ferroviária privada italiana NTV que nasceu para fazer concorrência ao paquiderme estatal Ferrovie dello Stato.

Operando desde abril 2012 oferece, em um trem moderníssimo de última geração, a possibilidade de viajar em 3 diferentes tipos de classes: Club, Prima e Smart.

O vagão Club, a classe mais exclusiva, foi colocado na início do trem para não expor-lo à passagem dos viajantes e dispõe de somente 19 poltronas em couro dotadas de monitor 9’’ touch screen. Também é previsto um serviço de bordo.

Interno do vagão Club

 

 

 

 

 

 

 

A classe Prima é dividida em 5 vagões e prevê um deles como área relax onde não é permitido o uso de celulares. Como na classe Club, aqui as poltronas também são de couro e é oferecido um serviço de bordo.

A classe Smart ocupa os últimos vagões e oferece 3 tipos de tarifas econômicas. Aqui o serviço de bordo é substituido por distribuidores de bebibas/lanches e para as viagens mais longas existe a possibilidade de reservar um lugar no vagão cinema.

 

O vagão da classe econômica Smart

O trem é dotado de conexão wi-fi gratis em todas as classes. O trecho Milão-Roma dura 3 horas e meia e um bilhete custa mais ou menos de 130 euros (Club) a 30-88 euros (Smart).

No momento Italo opera no trecho de Milão para Bolonha, Firenze e Roma (e vice-versa), mas em breveo estão previstos destinos como Nápoles e a inauguração do trecho Turim-Milão-Veneza.

Esse pode ser um jeito charmoso de viajar para destinos que cada vez mais estão indo parar nas mãos das companhias áreas de baixo custo. A pena é que os trens novíssimos e muito provavelmente eficientes cheguem nas esquálidas estações ferroviárias italianas.

Fotos: Internet

BikeMi: compartilhamento de bicicletas

Uma das maneiras para se locomover em Milão se chama BikeMi e é o serviço de compartilhamento de bicicletas da prefeitura da cidade. São cerca de 200 estações espalhadas por toda a cidade (a maior parte concentradas dentro dos 1º e 2 º anéis ) que permitem que você alugue uma bicicleta por uma diária de 4,50 euros.

O serviço foi pensando como alternativa de transporte para os cidadãos e não tanto para os turistas e aí, na minha opinião, estão algumas inconveniências.

A primeira é a modalidade de registro para usufruir do serviço: ou você passa pelo ATM Point na estação Duomo do metrô e faz tudo alí ou tem que acessar o site (em espanhol) ou aplicativo (BikeMI), se registrar, pagar com cartão de crédito e anotar a senha mandada por email que você usará para tirar a bicicleta nos pontos . O registro tem que ser feito no dia da utilização e a diária dura 24hs.

 

Como foi pensado como meio de transporte para percursos curtos, uma outra coisa à explicar é:

A bicicleta pode ser usada por 30 minutos interruptos e quantas vezes o usuário desejar nas 24 horas da diária. Para isto, basta que, após meia-hora, o ciclista estacione o equipamento em qualquer estação por um intervalo de pelo menos 10 minutos. Para continuar utilizando a bicicleta sem intervalo serão cobrados 0,50 centavos por cada meia hora (depois da meia hora inicial).

Lembre-se que a bicicleta não pode ser usada por mais de duas horas interruptas, ao contrário, o serviço é bloqueado. Entre uma entrega e uma retirada devem-se passar  pelo menos 10 minutos.

Confuso? Pois é assim: depois de se registrar e pagar, você pega sua bicicleta (por exemplo) na praça Duomo , vai até Brera e a entrega ali. Dá uma volta, entra em lojas e igrejas e na hora de se locomover de novo pega uma outra bicicleta e vai (exemplo) até área dos canais para almoçar. Chega ali, estaciona a sua bicicleta, faz o que tem que fazer e depois pega  outra. E assim por diante, o dia inteiro, por 24 horas.

As vantagens são: é ecológica, o preço barato e a rapidez na locomoção (por mais que Milão seja plana, caminhar o dia todo não é fácil). As bicicletas também são novas, tem selim regulável, 3 marchas, faróis, cestinha e cadeado.

As desvantagens estão na maneira de registro e no entrega-entrega a cada 30 minutos (mas você pode muito bem não se importar com isso e pagar a mais pelo serviço). Ah, também tem o fato de que Milão, infelizmente, não tem um percurso de ciclovia muito extenso . O jeito é mesmo se misturar no trânsito, mas aqui os motoristas estão acostumados e respeitam os ciclistas.

O serviço é disponível para maiores de 16 anos.

bicicletas Milão

Para quem gostou da ideia e vai ficar na cidade por mais tempo, existe a possibilidade de pagar por 1 semana (9 euros) ou pelo ano inteiro (36 euros).

Atualmente o serviço BikeMI conta também com as bicicletas elétricas, que possuem uma tarifa um pouco mais alta (consulte site).

Boa pedalada!!

OBS: Post atualizado (tarifas) em julho 2018

Como se locomover em Milão

Milão é uma cidade plana e a área de maior interesse turístico-cultural é relativamente pequena. Então a melhor pedida é explorá-la de preferência a pé. Quando isso não for possível o transporte de superfície e o metrô (operados pela ATM empresa milanesa de transportes) cobrem toda a cidade e são bem eficientes. Nas duas opções a melhor coisa é se munir de um mapa, que você compra nas bancas de jornais ou nos pontos ATM presentes em algumas estações do metrô.
A planta do centro da cidade é feita de 3 anéis, que os milaneses chamam “le cerchie” (os círculos).

A planta da cidade – 3 anéis

 A mais interna cobre a área bem central do Duomo, Piazza Scala, Quadrilátero da Moda, Galeria Vittorio Emanuele e vai até o Castello Sforzesco. O anel do meio è chamado de “La Cerchia dei Bastioni” e engloba as antigas portas da cidade (Porta Romana, Porta Genova, Porta Venezia, Porta Ticinese, Porta Ludovica). A mais externa e mais larga engloba o Cemitério Monumental, a antiga Feira e a Estação Central (ferroviaria).

Se tiver tempo e um par de sapatos confortáveis, os dois anéis internos podem ser feitos sem problemas a pé e você vai descobrir e conhecer uma Milão que muitos turistas não conhecem.
Se a alternativa for o metrô ou as linhas de ônibus ou bondinhos (tram, em italiano) é bom se munir de mapa.

METRÔ, ÔNIBUS E BONDE

 O metrô funciona diariamente das 6.00 às 00.30 (nos sábados até às 01.40). As linhas são 4 (verde, amarela,  vermelha e mais nova lilás ) mas a rede também é integrada com o passante ferroviário. Antes de subir nos trens das linhas vermelha e verde cheque o destino porque em um dos sentidos as linhas tem bifurcações.
Os bilhetes urbanos ATM podem ser comprados nas estações de metrô ou no caso de ônibus e bonde nas bancas de jornais, custam 1,50 euros e duram 90 minutos (no caso do metrô, se você sair ele perde a validade para uma outra viagem de metrô mas vale para pegar um ônibus ou bonde e continuar o itinerário).
A opção mais conveniente é o bilhete diário (giornaliero) que custa 4,50 euros ou o bilhete para 2 dias (bigiornaliero) que custa 8,25 euros. Ambos valem para viagens ilimitadas nas 24 ou 48 horas a partir da primeira convalidação.
Os preços acima são dos bilhetes urbanos e cobrem mais ou menos o perimetro dos áneis. Se você tiver que ir mais longe ou está hospedado um pouco fora do centro, na hora de comprar tem que dizer o nome do lugar de destino e pagará em base ao trecho percorrido.

mapa_metrô_Milão

ATENÇÃO: Os ônibus e bondes não vendem bilhetes a bordo. Quando subir em um deles, vá até a máquina que convalida o bilhete e o mantenha com você. Se durante a viagem você for controlado por um fiscal e não tiver convalidado o bilhete ou estiver sem, a multa é de 35 euros e deve ser paga na hora em dinheiro. Se você usou o bilhete para o metrô e depois subir em um ônibus/bonde tem que convalidá-lo de novo. No metrô, depois de passar a catraca, guarde seu bilhete pois ele servirá para a saída ou para controles pelos fiscais.

BICICLETA

 A mais nova opção de transporte em Milão ( e muitas cidade européias) é a bicicleta. O serviço aqui se chama BikeMi  e a cidade já conta com 128 estações de bicicletas. Para o turista, o único inconveniente é que para utilizar o serviço é obrigatório se registrar ou pela internet ou em um dos pontos oficiais (ver site) e pagar com cartão de crédito. A diária custa 2,50 euros e o serviço é disponível só para maiores de 16 anos. Leia nesse post como utilizar o compartilhamento de bicicletas de Milão.
A BikeMi foi pensada como meio de transporte alternativo para os moradores da cidade, então, para não pagar o adicional de 50 centavos/hora o ideal é (a cada meia hora) pegar uma, ir até o seu destino e restituí-la. Você pode continuar assim por todo o dia, pelas 24 horas pagas.

BikeMi

BikeMi

TÁXI

É uma alternativa cara e você tem que levar em conta que aqui não se faz sinal para o táxi parar na rua. Existem os pontos de rua e você pega o primeiro da fila ou os rádio-taxi, então pode ser viável se estiver no hotel ou em um restaurante e pedir para que eles chamem um para você.

Aeroportos de Milão: como chegar