Arquivo para Tag: Viagens

Bate e volta de Milão para o Lago de Como

A região da Lombardia não é banhada pelo mar, mas foi agraciada com 3 dos maiores e mais famosos lagos italianos: o Lago de Garda (o maior do país), o Lago Maggiore e o Lago de Como, que a diferença dos outros dois, fica inteiramente na Lombardia.
Com a chegada da primavera e verão e seus dias quentes e longos, nada melhor do que um bate e volta a partir de Milão para o Lago de Como para curtir a ‘praia dos milaneses’.

Bate e volta de Milão para Veneza

Cidade única no mundo, duas Venezas não existem. Podem compará-la com Amsterdam, podem reproduzi-la em Las Vegas, mas a original é aqui, a nossa.

Consciente disso, eu já me justifico, dizendo que não me rasgo pela cidade. Continuo achando que apesar de ter estado lá umas 5 vezes nesses 13 anos de Itália, eu nunca a explorei com calma, conhecendo sua história (com uma visita guiada, por exemplo). Ou seja, já resolvi que vou dar uma segunda, ou melhor, sexta chance para a Sereníssima.

Mas ao contrário de mim, muita gente ama Veneza, a tem como sonho de consumo de viagem e faz de tudo para dar um pulinho lá, nem que seja em um bate e volta desde Milão ou passando por ela antes de seguir viagem pela Itália.

Veneza fica a 250 km de Milão e você pode chegar lá de carro em 2hs 40min/3hs ou de trem em mais ou menos 2hs 30 min. Para quem vai de carro, existe o “problema” de estacionamentos caríssimos (média 21 euros/dia), ou seja, melhor de trem.

Estação St. Lucia ao fundo e as indicações para os pontos turísticos

Estação St. Lucia ao fundo e as indicações para os pontos turísticos

Quem opta pelo trem, chega na estação Santa Lucia. Saindo, depois de se deparar com o Canal Grande,  é só escolher o itinerário a seguir. Se o tempo é curto e seu objetivo é a Praça San Marco, saindo da estação você encontra duas opções de itinerário sinalizados com plaquinhas. Não tem como errar. A famosa Ponte de Rialto também é sinalizada e você com certeza não vai perde-la.

Mas até você chegar ao seu destino, aproveite para se deliciar pelas ruelas dessa cidade com uma história secular de poder e comércio, subindo e descendo pontes que atravessam pequenos canais e imaginando Casanova que corria entre elas fugindo de maridos traídos e raivosos.

Para quem chega na Praça San Marco, difícil ficar indiferente as dimensões e imponência dos palácios. Além da famosa basílica de arquitetura com influência bizantina e que começou a ser construída em 1063, a praça símbolo da República de Veneza é emoldurada pelo lindo Palácio Ducal e por uma série de outras construções onde funcionavam bibliotecas, procuradorias e que concentravam a vida política, religiosa e civil da cidade.

Controle a fila de entrada da basílica e decida se entrar ou não. Nos meses de alta estação ela é enorme, já no outono inverno é inexistente. A entrada é gratuita e vale a pena nem que seja para apreciar a maravilhosa decoração interna em mosaicos dourados. Impossível não prestar também atenção ao pavimento que está afundando em certas partes.

Praça São Marco fotografada do navio e o Palácio Ducal

Praça São Marco fotografada do navio e o Palácio Ducal

É também na praça que fica o mais famoso e mais antigo café italiano: o Florian. Frequentado por Casanova e fundado em 1720, pode ser uma ideia se você não tem problemas de orçamento (café a 6,50 euros) e quer viver Veneza a 100%. Sente-se e esqueça-se do tempo olhando a mais famosa sala de estar do mundo.

Para quem prefere uma opção mais econômica mas com um ótimo custo benefício, deixo a dica do último restaurante onde almocei na cidade, a Osteria Barababao, comida boa e preço mais que honesto para a cidade.

restaurante_veneza

Entre uma batida de perna e outra, tem quem também não quer renunciar a um passeio em gôndola. Eu nunca tive esse sonho, mas acabei fazendo como convidada de uma amigas em novembro. Meia-hora de tour custa por volta de 80 euros e a vantagem é que te leva a canais minúsculos entre as casas, que seriam impossível de conhecer.

Ver Veneza dos canais é uma experiência realmente diferente, mas se seu orçamento é limitado, opte pelo vaporetto na hora de voltar por exemplo da Praça San Marco a estação Santa Lucia. Você faz todo o Canal Grande e o visual é o mesmo.

O famoso e caro passeio de gôndola

O famoso e caro passeio de gôndola

A melhor maneira de conhecer Veneza (e outras cidades) é a pé, mas quem tem pouco tempo ou menos disposição,  uma boa opção pode ser o bilhete de vaporetto por hora. Um exemplo: 12 horas com viagens ilimitadas custa 18 euros. Um bilhete unitário custa 7,00 euros.

Pode ser a melhor maneira para atravessar os canais e conhecer igrejas como Santa Maria della Salute, uma das maiores expressões do barroco veneziano e que foi construída como pagamento de uma promessa a Nossa Senhora feita por parte dos venezianos para a liberação da cidade da peste que dizimou a população entre 1630 e 1631.

DSCF3809

O Museu Peggy Gugenheim

A igreja barroca de Santa Maria dela Salute

A igreja barroca de Santa Maria dela Salute

Para quem tem mais tempo ou interesses artísticos e culturais, Veneza oferece museus e palácios para visitação como a Coleção Peggy Guggenheim, o Palácio Ducal com o belo “Apartamento del Doge” e onde você atravessa a famosa Ponte dos Suspiros, que leva às prisões, e  a Gallerie dell’Academia que hospeda obras de grandes pintores venezianos como Tiziano e Tintoretto.

Quem pretende fazer mais que um bate e volta e explorar a cidade com calma em 2 ou 3 dias, existem as opções de hotéis na Laguna

Uma opção mais barata, que eu já usei (fiquei no hotel Villa Costanza, a 250 mts da estação de trem), é ficar em Mestre que tem uma ligação rápida com a laguna de ônibus ou trem.

A Ponte de Rialto fotografada a noite do vaporetto

A Ponte de Rialto fotografada a noite do vaporetto

Informações:

Compre os bilhetes de trem para Veneza diretamente do Brasil, clicando aqui

Horários da Basílica de San Marco, clique aqui

Café Florian, clique aqui

Horários e tarifas da visita Palazzo Ducale, clique aqui

Coleção Peggy Gugenheim, clique aqui

Osteria Barababao
Cannareggio, 5835-5838

*Esse post contém link para afiliados (Booking e RailEurope). Para saber sobre nossa política de monetização, clique aqui.

Fotos: Milão nas mãos

Estações de esqui perto de Milão

Milão, além de ser uma cidade que vale a pena por aquilo que oferece, atrai também pelo o que oferece os seus arredores: cidades de arte como Bergamo e Turim, lagos, mar e montanha, acessíveis com um simples bate e volta.

No inverno, para os amantes do esqui ou para quem quer simplesmente tocar pela primeira vez a neve, os arredores de Milão oferecem diversas estações de esqui com pistas de todos os tipos.

esqui arredores Milão

Confesso que eu não sou a esquiadora da casa. Coloquei meu primeiro par de esquis aos 35 anos e até que não me dei mal, mas para mim é muito trabalho (e roupa) para pouca diversão. E tira sapato de neve e coloca o sapato de esqui, e sobe com o teleférico (mooorro de medo) e desce e começa tudo de novo.

Mas maridão esquia desde criança e as mascotes de casa começaram aos 4 anos e a-do-ram. Com isso, vamos todos os anos, geralmente no esquema bate e volta e com uma média de 1 hora e meia de viagem. Aqui ficam as minhas dicas de onde esquiar nos arredores de Milão.

A estação mais perto de Milão e que praticamente usamos todos os anos e que indico é Barzio-Piani di Bobbio, uma pequena estação que fica a 1 hora de Milão. Obs: leia nos comentários a experiência da leitora Ana Carla, que usou o trem a partir de Milão para chegar à estação.

Durante a temporada, que geralmente começa no feriado de 8 de dezembro e vai até a Páscoa, existe um ônibus que funciona nos finais de semana e leva de Milão a Piani di Bobbio. Clique aqui para saber informações.

Para quem quer ir de trem, a opção é fazer Milão-Lecco e de lá pegar o ônibus para Barzio (que sai de frente da estação). O problema é ir de Barzio a estação de esqui (como relatado por mais de 1 leitor), já que o translado só funciona de final de semana. Durante a semana é encarar uma subidona a pé de cerca 30 min.

De Barzio parte uma cabinovia que leva até as pistas que ficam a 1.700metros e da base das pistas, para subir, a estação dispõe de 4 teleféricos e 3 skilifts para 30 km de pista: 2 são para esquiadores mais experientes e outras para principiantes. É presente também pista circular para o esqui de fundo.

Também presente vários refúgios alpinos onde depois do esforço, saborear um prato de polenta ou alugar uma cadeira para tomar sol e também todos os equipamentos.

Esta estação é perfeita para quem procura um equilíbrio entre comodidade e qualidade/quantidade de pista e tem também a vantagem que essas ficam expostas ao sol o dia todo (fator importante em dias de muito frio).

As estações, grandes ou pequenas,  são sempre bem cheias nos finais de semana. Nós, sempre que podemos, vamos durante a semana: pistas vazias e custo reduzido.  

Em direção de Bérgamo, a menos de 2 horas de Milão, o meu conselho é o Monte Pora. Essa também é uma estação pequena, com uma boa exposição ao sol e ideal para uma excursão não muito puxada.

pora_esqui_milao

Também a cerca de 2 horas de Milão ficam as localidades maiores como Madesimo (Val Chiavenna ) e Pila (Val d’Aosta) e a possibilidade de esquiar na Suiça (Splugen, Andermatt).

As estações maiores e mais renomadas ficam um pouco mais longe e a mais renomada na Lombardia é Bormio, porque é uma das etapas fixas do calendário da Copa do Mundo de Esqui Alpino: a 3 horas e meia de Milão, dispõe de 80 km de pistas que chegam a 3.000 mt de altura. Outras localidades famosas a cerca de 3 hores de viagem são Cervinia, Courmayeur, Sestriere.

As estações de esqui na Itália, geralmente abrem as pistas no final de semana do feriado de 8 de dezembro e as fecham depois das férias de Páscoa (quando essa não é muito tarde). Para quem não quer renunciar ao esqui durante o verão, na Lombardia o geleiro Presena no Passo del Tonale se esquia até junho, e no Passo dello Stelvio se esquia de junho a setembro.

esqui_italia_Milao

O custo dos passes diários ficam em torno de 20 a 35 euros, dependendo da estação e do dia. As reduções são consistentes para crianças. O aluguel de equipamento (não roupas) nas pista custa entre 20-30 euros.

Aqui os sites das estações italianas citadas no post:

http://www.pianidibobbio.com/it/home

http://www.presolanamontepora.it

www.skiareavalchiavenna.it

http://www.pila.it

http://www.bormioski.eu

Editado em 18/08/2018

Dicas do que fazer em Turim

Turim. Está aí uma cidade pouco levada em consideração pelos turistas (ao menos os brasileiros) para uma visita e que vale realmente a pena conhecer.

A cidade foi capital diversas vezes durantes os séculos: do Ducado de Savoia no séc. 17, do Reino da Sicília e da Sardenha no séc. 18  e enfim, a primeira capital da Itália depois da união em 1861. Todo esse ar de nobreza se vê na arquitetura da cidade, feita de grandes palácios e praças imponentes, emolduradas por mais de 18km de pórticos.

Ainda que parte dos edifícios sejam pouco conservados, Turim não perde seu ar de grandeza. Para ajudar esse belo panorama, a cidade é atravessada de um lado pelo Rio Pò.

Turim dicas do que fazer

Quarta cidade italiana depois de Roma, Milão e Nápoles, Turim é também um importante polo universitário, artístico, cultural e automobilístico no país. Impossível não ligar a ela o nome da família Agnelli e a marca de automóveis FIAT.

Turim também é sede de famosos museus nacionais e foi pensando na visita a alguns deles, que depois do Natal resolvemos passar alguns dias na cidade com as meninas.  Para quem tem tempo, eu diria que a cidade vale mais que um bate e volta desde Milão e aqui ficam algumas dicas do que fazer em Turim em mais ou menos 2 dias.

A cidade fica a 150 km de Milão e é fácil chegar de carro direto pela rodovia A4 ou de trem veloz, numa viagem que leva apenas 1 hora.

O CENTRO, SUAS PRAÇAS E SEUS BARES HISTÓRICOS

Aos meus olhos, Turim é uma cidade imponente, nobre. Gostei de cara já na primeira vez que a visitei, há 2 anos atrás (e me perguntei como já tivesse passado 10 anos aqui sem cogitar uma visita). Passear pelo centro admirando as grandes construções como Palazzo Madama, Palazzo Reale e a grande Praça Vittorio Veneto, que se abre ao Pò, já é em si um ótimo programa.

Turim_Piazza_Vittorio_Veneto

É nas imediações do centro também que se vê o símbolo máximo de Turim, a Mole Antonelliana, que começou a ser construída em 1863 para ser uma sinagoga. Em 1873 a comunidade hebraica cedeu o edifício à prefeitura de Turim, que a dedicou ao rei Vittorio Emanuele II. A Mole hoje hospeda o esplêndido Museu do Cinema.

Turim é famosa na Itália pelos seus inúmeros bares-cafés, muitos deles históricos. Uma das atrações é passear parando de vez em quando para entrar nessas pérolas antigas, conservados como eram nos séculos passados. Deixo aqui o nome de alguns, onde passei dessa vez, mesmo que só com a desculpa de tomar só um cafezinho.

Baratti Milano é o café dos cafés e fica na Piazza Castello.  Fundado em 1858, é uma confeitaria e bar de alto nível, com uma decoração feita de pavimento em mármore, balcão de mogno e lustres de cristal. Impossível descrever a atmosfera, a minha dica é que você entre, nem que seja para um café em pé no balcão. Foi o que eu fiz dessa vez, já que tinha na minha lista a passagem por pelo menos mais 2 dos inúmeros cafés da cidade.

O Mulassano fica bem perto do Baratti Milano, embaixo dos mesmos pórticos de Piazza Castello. Eram 12.30 quando perdemos o tour no bondinho histórico da cidade e resolvemos esperar o próximo (1 hora depois) “almoçando” alguma coisa no histórico café.

O lugar é minúsculo, com mesas também minúsculas de mármore (são só 4 dentro) e a decoração é inteiramente Art Nouveau. Uma placa diz que em 1926 a Sra. Angela Demichelis Nebiolo inventou ali o tramezzino (sanduíches de pão de forma macio preparados com inúmeros recheios) e já que o lugar é famoso por eles, foram a nossa pedida. A nossa escolha foi: queijo e azeitonas; alcachofra com atum; presunto; radicchio, queijo de cabra e azeite de tartufo e um de lagosta. Os sanduíches são tão pequenos quanto o bar e custam como ouro (dado o tamanho), mas são realmente de qualidade. Marido também escolheu um vermuth fabricado pelo próprio bar para acompanhar os sanduíches.

Turim dicas

Depois de voltar no tempo no Mulassano, conseguimos pegar o nosso bondinho e demos uma volta pela cidade. Ele parte da Piazza Castello e cerca de 40 min depois está de volta.

Naquele mesmo dia deixamos para o lanche da tarde a iguaria mais famosa da cidade e pelo qual eu pegaria um trem a cada 2 semanas só para tomar um copo. Al Bicerin é outro dos cafés históricos que deram fama à cidade e que inventou no final do século 18, o bicerin, bebida quente feita de café, chocolate quente meio amargo e creme de leite (não confundir com chantilly). Uma delícia!

Turim dicas bicerin

Esse também é um bar minúsculo, com decoração em madeira e mármore e vive cheio. No verão eles colocam algumas mesas do lado de fora e no inverno se não tem lugar dentro, você pode fazer o seu pedido e esperar fora pela senhora que saí para servi-lo.  Nós demos sorte dessa vez e conseguimos sentar. O serviço é muito bom e educado.

Para falar sobre os cafés históricos de Turim serviria uns 3 posts. Além desses que visitei dessa vez, deixo aqui o nome de outros, cada um com sua história e particularidade, que fizeram a fama da cidade: Caffé San Carlo, Caffé Torino, Fiorio, Gatsby, Neuv Caval ‘d Brôns, Roma già Talmone, Zucca.

GASTRONOMIA

A região do Piemonte é famosa pelo boa cozinha. Alí se come bem e ponto. Diversas são as especialidades da região, como o Brasato (carne feita no vinho) e a Bagna Cauda e a tradição dos vinhos (Barollo, Dolcetto, Nebbiolo, Barbaresco) e dos chocolates não fica atrás.

Opções de restaurantes e tratorias em Turim é que não faltam, mas deixo aqui, sem me prolongar muito,  as dicas de restaurantes por onde passamos e onde comemos bem e com bom serviço: Quanto Basta e L’Acino que ficam no Quadrilátero Romano da cidade, local cheio de restaurantes e vida noturna na cidade.

Uma dica: não saia para jantar sem reservar antes. Principalmente nos finais de semana os restaurantes ficam lotados e pode ser difícil achar uma mesa.

Em uma das noites e pela proximidade com o nosso hotel, na área Lingotto (antiga fábrica da Fiat), optamos por jantar na gigantesca Eataly. O mais famoso empório gastronômico do mundo nasceu aqui, já que seu proprietário é piemontês e a loja de Turim foi a primeira a ser inaugurada em 2004.

Eataly Turim dicas

“Boxes” de massa, pizza, verduras, quejos e frios, peixe, carnes, cervejaria…rodamos uns 30 minutos para vermos tudo e decidirmos o que comer. Nós nos dividimos entre massas e carnes. Os preços não são econômicos mas em linha com restaurantes de preços médios e a qualidade é médio- alta. E para quem não resistir, existe sempre a possibilidade de se esbaldar nas comprinhas de iguarias italianas para levar para casa.

OS MUSEUS E PALÁCIOS

Além dos museus que visitamos, Turim tem vários palácios que abrem suas portas a visitação e expõe suas salas, quartos e móveis de época como o Palazzo Madama e o Palácio Reale, antiga residência da família real italiana; a Galleria Sabauda e a Armeria Reale, só para citar alguns.

Por estarmos com as meninas, decidimos visitar os museus mais interessantes da cidade para as crianças.

MUSEU DO CINEMA

O museu está entre os mais importantes do mundo pela riqueza do seu patrimônio, mas uma das coisas que o rende único é a peculiaridade do seu percurso expositivo. Inaugurado em 1958, desde 2000 o museu fica dentro da Mole Antonelliana, uma construção fascinante que é o símbolo da cidade. A nova montagem do percurso expositivo da nova sede ficou por conta do cenógrafo suíço François Confino, que pensou nos ambientes de uma maneira que estimulassem os visitantes continuamente através de materiais aúdio-visuais.

Museu cinema turim

Nós fizemos um tour individual com um guia (Fábio) ótimo, que envolveu as meninas na história do cinema desde os primórdios, através de jogos de imagens como as lanternas mágicas, caixas óticas, estereoscópios e cinematógrafos.

Difícil escrever em um post a grandiosidade do museu e os inúmeros materiais expostos, como vestiários de filmes, o telegrama que Fellini recebeu da Academia quando foi indicado ao Oscar, posters de filmes, simuladores de efeitos especiais.

Depois de uma visita espetacular e diria, cinematográfica, fechamos com chave de ouro, já que tínhamos o bilhete completo e subimos até cúpula da Molle Antonelliana com um super elevador transparente que fica no meio da construção. Lá de cima se vê Torino, suas praças e as montanhas ao redor.

MUSEU EGÍPICIO

Pode parecer repetitivo, mas está aí um grande museu de Turim e da Itália. A concepção da montagem expositiva é mais “velha” e tradicional, mas o museu é o segundo maior do mundo depois do Museu do Cairo pela importância do acervo, dedicado exclusivamente a arte egípcia.

No momento o museu passa por reformas e a finalização está prevista para 2015, já que Turim quer aproveitar o fluxo de turistas presentes em Milão para a Expo2015. Mas isso não compromete a visita.

Nós optamos por uma visita guiada em grupo, para crianças e a nossa guia, Serena, fez um percurso onde explicava as crianças os principais deuses, deusas e divindades da terra dos faraós. O grupo de crianças eram de idade heterogênea (de 5 a 10 anos), os mais velhos eram avantajados por saberem já alguma coisa (aqui, na quarta série se estuda a civilização egípcia), mas mesmo os mais novos ficaram fascinados pelas múmias de gatos e estátuas de deuses com cara de animais.

No andar de cima, uma sala expõe a Tumba de Kha, descoberta por um arqueólogo italiano no início do século 20., completamente intacta. Com isso,  junto com o sarcófago estão expostos todos os pertences encontrados dentro da grande construção, como o sarcófago da esposa de Kha (que era um arquiteto) e utensílios como vasos, pentes, escovas de cabelo e até comidas desidratadas (pães).

A visita terminou depois de 1 hora na sala das estátuas, onde esfinges e estátuas de deuses e deusas ficam expostas em sequência.

MUSEU DO AUTOMÓVEL 

Essa foi nossa última escolha antes de voltarmos para Milão. Confesso, que como mulher, pouquíssima ligada em carro e mãe de duas meninas, não estava muito entusiasmada não. Mas o museu me surpreendeu. Só depois que estava lá descobri que o percurso expositivo aqui também foi projetado pelo mesmo cenógrafo que projetou o Museu do Cinema de Turim.

São 30 salas divididas em 3 andares que mostram, em ordem cronológica desde os primeiros projetos de carros no final do século 19 até as últimas novidades, tudo de forma estimulante, em ambientes reconstruídos segundo a década representada. Vídeos que ilustram o contexto histórico, música e objetos de época completam a montagem.

museu_automovel_de_turim

Não é um museu tedioso em nenhum momento, mesmo para quem não é interessado em carros. No final da nossa viagem, o Museu do Automóvel e o do Cinema foram os preferidos das meninas.

HOSPEDAGEM

Nessa nossa segunda vez em Turim, optamos de novo por um hotel da rede espanhola NH. Há dois anos ficamos em uma unidade no centro, chamada  NH Santo Stefano. Dessa vez escolhemos o NH Lingotto, um hotel 4 estrelas que fica dentro da antiga fábrica da Fiat, hoje transformada em centro congresso, shopping, hotéis e até uma pequena Pinacoteca (da família Agnelli, fundadores e proprietários da Fiat) que visitamos na manhã de sábado.

É um pouco mais afastado do centro, mas Turim tem uma única linha de metrô bem comprida, que chega até o Lingotto e o liga com o centro em 10 minutos.

PS:. Devido ao grande número de informações sobre os museus, restaurantes e cafés e respectivos endereços e horários,  deixarei aqui a lista dos sites de todos os lugares citados no post, assim temos a certeza que as informações estarão sempre atualizadas.

Baratti Milano MulassanoAl Bicerin

Quanto Basta (restaurante) – L’Acino (restaurante)Eataly Turim

Palazzo Reale Palazzo Madama – Galleria Sabauda – Armeria Reale

Museu do Cinema (site em português) – Museu Egípcio Museu do Automóvel

NH Lingotto

Fotos: Milão das mãos e Wikicommons (vistas de Turim)

*Esse post contém link para afiliados (Booking ). Para saber sobre nossa política de monetização, clique aqui.

Passeio com o trem Bernina Express